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Imóveis de alto padrão são as chances dos fundos imobiliários de escritórios; vale a pena investir?

28 jun 2024, 15:54 - atualizado em 28 jun 2024, 15:54
fundos imobiliários - são paulo
(Imagem: Getty Images/ Canva Pro)

setor de lajes corporativas tem enfrentado dificuldades para atingir um bom desempenho no ano, histórico que persegue a área há alguns anos. No entanto, um nicho tem se mostrado resiliente e com alguma perspectiva de crescimento: os imóveis de alto padrão – ou então, triple A.

Isso porque a demanda por regiões, em especial a Faria Lima, em São Paulo, tem mostrado que ainda tem espaço para crescimento e incremento no valor do aluguel, que durante a pandemia apresentou uma queda. Desta forma, os especialistas da área observam uma oportunidade para os fundos que possuem imóveis dessa região no portfólio.

O gestor do fundo VBI Prime Properties (PVBL11), Rodrigo Abud, um dos maiores FIIs de escritório na bolsa, avalia que esta é a região com a maior demanda hoje por concentrar as principais empresas do mercado financeiro e do setor de tecnologia, o que torna a localização bastante atrativa, com uma porcentagem de vacância de apenas 5%. Somado isso, o pouco espaço para novas construções eleva a pressão nos valores.

Não para menos, o PVBL11 recentemente anunciou a renegociação do aluguel de um de seus inquilinos no imóvel FL 4.440 com um reajuste de cerca de 56% em cima do antigo contrato.

“A cada três anos você tem a possibilidade de aumentar os contratos. A gente sabia que tinha essa brecha e que o metro quadrado na região é de R$ 250 a R$ 270. Agora, a gente tem como objetivo elevar todo o patamar do nosso portfólio para próximo dos R$ 300 o metro quadrado”, pondera Abud durante o2º Encontro de FIIs, realizado pela Fincare Investimentos. 

Em outro canto da cidade, no entanto, a ocupação ainda encontra dificuldades, que é o caso da Chucri Zaidan, mas na avaliação do Guilherme Politi, gestor do fundo JS Real Estate (JSRE11) será por pouco tempo. Para o profissional, nos próximos trimestres, será observada uma redução de vacância em São Paulo.

“Agora é um momento ótimo para laje corporativa porque o risco da pandemia, do home office já foi. Tem demanda e acredito ser o melhor setor hoje para se alocar”, disse durante a sua participação no evento

Com esse avanço um pouco mais devagar e em regiões específicas, principalmente por conta do cenário macroeconômico, os especialistas da área avaliam que muitos dos FIIs de laje corporativas estão descontados e seguem como teses de ganho de capital, além de dividendos com um premio em relação a NTNB.

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