Imóveis: Construtora inova e transforma silo de grãos em apartamento; veja fotos
Transformar um silo de grãos em apartamentos. Pode soar estranho, mas é isso que a construtora e incorporadora Moura Dubeux (MDNE3) está fazendo com um imóvel há quase 15 anos sem uso.
O “Moinho Recife” é o primeiro projeto “retrofit” da capital pernambucana e, se antes “eram armazenados grãos, agora armazenará sonhos”. A frase proferida pelo CEO da empresa de construção civil, Diego Villar, virou até slogan da obra.
Porém, o projeto não é novidade. A companhia lançou o “Moinho Recife” em maio de 2021, com 100% das unidades comercializadas em apenas um mês de vendas. Aos poucos, o empreendimento vai mudando o cenário do centro histórico da capital de Pernambuco.
Imóveis centenários
Os projetos “retrofits”, que reforma imóveis, mas preservando sua estrutura original, estão cada vez mais em alta no setor imobiliário.
Localizado na ilha do Recife, na região portuária, o prédio que abrigará o “Moinho” foi construído em 1914 e funcionava como silos para armazenagem de grãos. A área estava desativada desde 2009.
Sobre o retrofit, o gerente de relações com investidores da Moura Dubeux, Diogo Barral, comenta que o projeto foi “muito bem visto pelos clientes”. Já que a empresa decidiu não demolir, mas sim “retrofitar” os imóveis.
“Estamos utilizando um ativo que é histórico no Recife, preservando a estrutura, não gerando resíduos e desenvolvendo um novo produto imobiliário”, diz, em entrevista ao Money Times.
Sendo assim, Barral destaca que uma obra revitalizadora gera menos custos com engenharia, contribuindo para a elevação das margens da empresa.
Projeto residencial e comercial
O empreendimento da Moura Dubeux, voltado para a média renda, tem dois prédios e contará com 253 apartamentos, de 19 a 68 metros quadrados.
O edifício “Silo 215” está sendo desenvolvido dentro dos cilindros da antiga unidade fabril. Desta forma, ele será dividido em oito pavimentos, com studios e apartamentos de um ou dois dormitórios. Atualmente, a obra interna está na fase de lajeamento.
O outro prédio é o “Silo 240”, composto por unidades de até dois quartos. No entanto, além de residencial, o projeto será comercial e envolverá lojas, estacionamentos, espaços para negócios, áreas de lazer e atividades físicas. O projeto ainda terá um terraço com piscina e vista para o mar.
Contudo, a entrega das chaves está prevista para o segundo semestre de 2024 e, depois de pronto, o empreendimento será administrado pela Housi.
Quando lançado, o “Moinho Recife” atingiu valor geral de vendas (VGV) bruto de R$ 74 milhões, enquanto o líquido somou R$ 56 milhões.
Imóveis revitalizam zona portuária do Recife
A zona portuária do Recife tendo sido um local chave na cidade. O local abriga o “Porto Digital“, um dos maiores parques de inovação e tecnologia do país e tem atraído investimentos na casa dos bilhões por ano.
“É uma região que não tinha empreendimentos imobiliários do segmento residencial. Chegamos em um lugar que não tinha desenvolvimento. Agora, é uma região que tem recebido muito investimentos por causa do Porto Digital”, explica Barral, da Moura Dubeux.
*O Money Times viajou ao Recife à convite da Moura Dubeux