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Imóveis: Com poucos terrenos, construtoras e incorporadoras fazem cerco a fundos imobiliários

07 out 2023, 8:00 - atualizado em 07 out 2023, 9:15
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Com número limitado de terrenos nas grandes cidades, gigantes da construção civil garimpam imóveis com fundos imobiliários (Arte: Giovanna Melo/Money Times)

Atualmente, a falta de terrenos é um dos grandes desafios do mercado de imóveis, principalmente nas capitais.

Com tantos canteiros de obras nas grandes cidades, construtoras e incorporadoras fazem cerco à donos de empreendimentos residenciais e comerciais na tentativa de conseguirem um bom espaço com localização atrativa. Entre eles, os fundos imobiliários.

Em São Paulo e no Rio de Janeiro, as capitais mais populosas do país, terrenos bem localizados valem ouro e gigantes da Bolsa brasileira estão garimpando com FIIs. Além disso, estão desembolsando boladas para garantir esses espaços.

A exemplo disso, a empresa Plano Pirapora Empreendimentos Imobiliários – subsidiária da Plano&Plano (PLPL3) -, pagou R$ 70 milhões por uma área total de 19 mil metros quadrados, em São Paulo.

O terreno pertencia ao fundo imobiliário CSHG Real Estate (HGRE11), gerido pelo banco Credit Suisse. A construtora do segmento de baixa renda adquiriu um prédio do FII e o respectivo terreno, que ficam nas ruas da Alegria e Visconde de Parnaíba, no Brás.

O bairro, na região central da capital paulista, é um dos queridinhos do setor imobiliário, atualmente. Na esteira de outras construtoras, a Plano&Plano desenvolverá um projeto residencial no imóvel que pertencia ao HGRE11.

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Imóveis no Rio também viram alvo de construtoras

Em movimento parecido ao da PLPL3, a construtora e incorporadora Cury (CURY3) apresentou no mês passado uma proposta ao fundo imobiliário BB Progressivo (BBFI11) para comprar um prédio no Rio de Janeiro.

Trata-se do Centro Administrativo (ativo CARJ), que fica no Andaraí, bairro da zona norte da capital fluminense. O valor de compra seria por R$ 50 milhões.

Contudo, segundo o comunicado divulgado pelo fundo imobiliário, a Cury sinalizou na proposta enviada ao BBFI11 que uma das condições para a concretizar o negócio seria a “inexistência de qualquer impedimento jurídico e ambiental”.

Além disso, a construtora condicionou ao negócio “a viabilidade de água, esgoto, drenagem e iluminação dentro dos parâmetros utilizados para implantação de empreendimentos”.

Procurada pelo Money Times para saber detalhes da proposta, a Cury preferiu não comentar sobre o assunto.

Entretanto, esse imóvel está envolvido em um grande imbróglio judicial. Até março deste ano, o CARJ estava alugado para o Banco do Brasil (BB).

Mas, desde 2020, tramita na 27ª Vara Cível da Comarca do Rio de Janeiro uma ação envolvendo o FII e o BB. Com isso, até setembro, o banco estava com o pagamento de vários meses de aluguéis em atraso.

Portanto, a dívida supracitada, sem considerar juros, multa e correção monetária, está em torno de R$ 15 milhões na justiça, conforme última atualização do BB Progressivo em relatório gerencial divulgado no mês passado.