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Imóveis: Com mercado aquecido, SP ganhará 170 mil novos apartamentos até 2025

12 ago 2023, 8:00 - atualizado em 11 ago 2023, 16:01
Imóveis São Paulo
Mais imóveis serão construídos nos próximos meses na capital paulista em meio à demanda aquecida com queda de juros e MCMV (Imagem: Pixabay/@joelfotos)

Quem mora ou visita São Paulo deve se impressionar com a quantidade de imóveis sendo construídos na capital paulista.

Com isso, a Lello Condomínios fez um levantamento sobre a construção de prédios e constatou que a maior cidade do país receberá até o fim de 2023 quase 50 mil novos apartamentos.

O estudo, feito a partir da divulgação de projetos lançados por construtoras e incorporadoras, aponta que serão 580 novos condomínios residenciais. No entanto, esse número poderá chegar a 1,7 mil até 2025 após a revisão do plano diretor da capital paulista (leia as mudanças aqui).

Isso resultará em 168 mil novos apartamentos em São Paulo nos próximos dois anos e 650 mil moradores nesses empreendimentos.

Segundo a Lello, a maioria das unidades lançadas é de alto padrão, com mais de 100 metros quadrados. Desta forma, os lançamentos de imóveis compactados e estúdios caíram, após o segmento liderar as ofertas em 2022.

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Setor de imóveis aquecido com queda da Selic e MCMV

Desta forma, uma pesquisa feita em julho pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), em parceria com a Deloitte, mostra que expectativas para lançamentos de empreendimentos e para a aquisição de terrenos são altas.

Das 47 empresas de construção civil ouvidas pela Abrainc e Deloitte, 94% dos executivos pretendem lançar imóveis nos próximos três a 12 meses. Além disso, 88% deles têm intenção de adquirir terrenos no mesmo período.

O otimismo do setor imobiliário deve-se à retomada do segmento médio e alta renda, ainda mais com o cenário de mais cortes da taxa básica de juros (Selic) nos próximos meses e com construtoras e incorporadas empolgadas com a volta e as mudanças do programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida (MCMV).

A líder da prática de real estate da Deloitte, Claudia Baggio, avalia que a pesquisa mostra que houve um aquecimento no setor no segundo trimestre, com aumento tanto para procura quanto para venda de imóveis.

“As expectativas para lançamentos de empreendimentos também são boas para ambos os segmentos, o que indica que o mercado imobiliário pode continuar a se desenvolver nos próximos trimestres”, avalia, reforçando que a sinalização de queda da Selic pode ter influenciado esse aquecimento do mercado.

Por outro lado, as mudanças no MCMV, como a elevação do teto dos valores e ajustes em taxas e subsídios, impulsionaram o segmento, acrescenta.