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BrasilAgro (AGRO3): CEO destaca ‘espetacular ano imobiliário’ e aponta diferenças para teses como SLC Agrícola (SLCE3) e Boa Safra (SOJA3)

20 set 2023, 7:30 - atualizado em 20 set 2023, 16:07
brasilagro imobiliária
Receita com vendas de terras no último trimestre totalizaram R$ 610 milhões e reforça posição da BrasilAgro como pagadora de dividendos (Foto: BrasilAgro/Divulgação)

Nesta semana, o Agro Times ouviu com exclusividade o CEO da BrasilAgro (AGRO3), André Guilaumon, sobre os resultados da empresa na safra 22/23.

Quando perguntado sobre o forte lucro líquido de R$ 242,70 milhões no 4T23, o CEO ressaltou o excelente desempenho do setor imobiliário, um diferencial em relação a outras teses do mercado exclusivamente agrícolas, como a SLC Agrícola (SLCE3) e Boa Safra (SOJA3).

“Somos uma empresa que combina a estratégia operacional com a imobiliária. Uma empresa agrícola por si só já conta com sazonalidades (colheita, clima e preços) e, quando você adiciona o lado imobiliário, há ainda mais sazonalidades trimestre a trimestre. Tivemos um ano espetacular e recorde no setor imobiliário, com forte superávit pela venda de fazendas”, disse.

Segundo o CEO, o melhor ano do setor imobiliário para a BrasilAgro aconteceu em meio ao ano mais desafiador da história no agronegócio, já que os custos de produção avançaram e os preços das commodities caíram no mercado internacional. 

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Vendas de terras agrícolas da BrasilAgro

Segundo o CEO, a empresa realizou a venda de mais de 12 mil hectares (9.134 ha úteis) neste último trimestre, que totalizou R$ 610 milhões.

“Esse valor (R$ 610 milhões) foi capaz de gerar um resultado de R$ 346 milhões na companhia. Ou seja, apesar desse ano ruim no lado agrícola temos uma liquidez corrente acontecendo pelo lado imobiliário. Eu sempre falo que o nosso desafio é ser anticíclica. Quando todo mundo quer vender, nós temos que estar prontos para comprar, e, quando todo mundo quer comprar, temos que buscar vender, desde que bons negócios sejam feitos”, conclui.

Além disso, Guilaumon comenta que os bons números no setor imobiliário reforça a vontade da empresa em ser uma pagadora recorrente de dividendos. 

Confira a entrevista completa: