Iguatemi tem prejuízo líquido de R$ 57,9 milhões no 3º trimestre
A operadora de shoppings Iguatemi (IGTA3) teve prejuízo líquido de R$ 57,9 milhões no terceiro trimestre de 2021.
O montante representa uma reversão do lucro de R$ 61,5 milhões no mesmo período de 2020.
A piora é resultado da queda das ações da Infracommerce, empresa em que a Iguatemi detém participação.
O impacto no balanço não teve ligação direta com as operações da Iguatemi, nem provocou consumo de caixa.
Excluindo o efeito desse item, a Iguatemi atingiria um lucro líquido de cerca de R$ 32 milhões.
O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 139,1 milhões, sem contar o efeito da linearização dos aluguéis. Isso representa alta de 88,3% na comparação anual.
Considerando a linearização, o Ebitda atingiu R$ 153,5 milhões, avanço de 14,5%.
A receita operacional líquida totalizou R$ 212,2 milhões, crescimento de 16,5%.
A dívida total da companhia chegou a R$ 3,29 bilhões no fim do terceiro trimestre, 6,9% acima do segundo trimestre deste ano.
A disponibilidade de caixa encontrava-se em R$ 1,8 bilhão, 1,9% superior ao trimestre imediatamente anterior, levando a uma dívida líquida de R$ 1,48 bilhão e uma alavancagem (dívida líquida/Ebitda) de 2,82x, ante 2,58x.
Indicadores operacionais
Entre julho e setembro deste ano, os shoppings da Iguatemi funcionaram com 99,1% da sua capacidade.
As vendas totais nos shoppings da Iguatemi foram de R$ 3,3 bilhões no terceiro trimestre de 2021, crescimento de 82,7% em relação ao mesmo período de 2020 – quando boa parte dos empreendimentos estavam fechados.
Já na comparação com o mesmo trimestre de 2019 – período pré-pandemia – houve estabilidade. E se excluídos os shoppings vendidos no ano passado (Caxias e Florianópolis), o crescimento foi de 4,4% – a melhora é reflexo do processo de imunização da população e da retomada das atividades do varejo.
As vendas nas mesmas lojas subiram 7,8% ante o mesmo período de 2019, enquanto os alugueis nas mesmas lojas estão 22,9% acima.
A inadimplência dos lojistas fechou o trimestre em 2,1%, enquanto a ocupação foi a 90,7%.