Iguatemi tem lucro menor no 4º tri, mesmo com recuperação parcial dos shoppings
O Iguatemi (IGTA3) teve uma recuperação parcial no quarto trimestre, com afrouxamento das medidas de isolamento social, mas seguiu com queda nos comparativos anuais devido aos efeitos continuados da pandemia da Covid-19 sobre o comércio físico.
A operadora de shopping centers anunciou nesta quinta-feira que teve lucro Líquido 82 milhões de reais de outubro a dezembro, queda de 26,7% na comparação com um ano antes.
No trimestre, as vendas totais atingiram 3,6 bilhões de reais, queda de 14,4% no comparativo anual. Pelo critério de mesmas lojas (SSS), as vendas foram 11,8% menores.
Com lojistas severamente fragilizados após meses com portas fechadas, a companhia seguiu dando descontos em aluguéis, embora em menor nível do que nos meses anteriores.
“Com a melhora nos números de vendas, fomos capazes de continuar retirando os descontos de forma gradativa, chegando a uma cobrança líquida de 97,6% versus 66,5% no terceiro trimestre”, afirmou o Iguatemi no relatório de resultados.
A inadimplência líquida foi de 9,3%, um aumento de 10,1 pontos percentuais ano a ano. E a taxa de ocupação caiu 3 pontos percentuais, para 91%.
Enquanto isso, os aluguéis mesmas lojas (SSR) recuaram 3,3%, com 317 milhões de reais em receita bruta de aluguel.
Com isso, a receita líquida da operadora, de 184,4 milhões de reais, foi de 12,7% menor ano a ano. E o resultado operacional medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda), atingiu 162,2 milhões de reais, queda de 19%.
Analistas, em média, esperavam Ebitda de 121,8 milhões de reais, segundo dados da Refinitiv.
A empresa disse que seguiu implementando medidas de contenção de despesas, que caíram 20,8%, mas os custos subiram 19,8% em virtude do aumento dos custos com áreas vagas.