Iguatemi supera projeções e vê “animação” de lojistas e consumidores
A operadora de shopping centers Iguatemi (IGTA3) espera resultados melhores nos próximos meses, depois de divulgar nesta quinta-feira (7) balanço acima do esperado pelo mercado, impulsionado por melhora nas vendas e fluxo de clientes.
“Outubro foi melhor que o terceiro trimestre e já sentimos uma certa animação no ar tanto de consumidores quanto lojistas”, disse a vice-presidente financeira da Iguatemi, Cristina Betts, à Reuters.
Além de um cenário econômico ligeiramente melhor, eventos sazonais como a Black Friday e o Natal também são gatilhos positivos para o desempenho da companhia no quarto trimestre, afirmou a executiva.
A Iguatemi, que tem 16 shoppings em seu portfolio de empreendimentos, teve lucro líquido de 86,9 milhões de reais no terceiro trimestre, 32,5% mais que na comparação anual. Analistas, em média, esperavam lucro líquido de 69,76 milhões, segundo dados da Refinitiv.
A receita trimestral da companhia foi de 182,4 milhões de reais, 2,7 por cento maior que um ano antes, enquanto as vendas mesmas lojas subiram 3,1 por cento. Já o aluguel mesmas lojas cresceu 8,8 por cento no período.
O resultado foi divulgado dias depois que a rival Multiplan (MULT3) anunciou alta nas vendas mesmas lojas de seus empreendimentos de 5,4% no terceiro trimestre, enquanto o aluguel mesmas lojas teve incremento de 10,8%. Não ficou imediatamente claro se os números são comparáveis aos apurados pela Iguatemi.
O lucro antes de juros impostos, depreciação e amortização (Ebitda) subiu 19,4%, para 168,5 milhões de reais, superando a média de estimativas de 141,25 milhões de reais, segundo a Refinitiv.
Betts acrescentou que a Iguatemi não espera lançar novos empreendimentos por enquanto, diante do foco em ajustes no atual portfólio, marcado por vendas de ativos não essenciais e aumento de participações em shoppings nos quais é acionista minoritária.
Em 9 de outubro, a companhia anunciou a venda de participação de 30 por cento no Shopping Iguatemi Florianópolis para a rival de menor porte Lumine, por 110,25 milhões de reais.