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Iguatemi: reorganização societária dá poder de fogo para novas aquisições

14 out 2021, 10:30 - atualizado em 14 out 2021, 10:30
Shopping Iguatemi
Sob a nova estrutura, a Iguatemi pode levantar um grande volume de recursos (R$ 2 bilhões, com controladores mantendo 61% dos direitos de votos) para alocar em M&As (Imagem: Reuters/Nacho Doce)

Os acionistas da Iguatemi (IGTA3) aprovaram em assembleia geral a proposta de reestruturação societária da companhia, que inclui a incorporação das ações da empresa pela sua controladora, a Jereissati (JPSA3). A notícia já era esperada pelo mercado, mas ainda assim foi bem recebida pelos analistas do Itaú BBA.

“Nós acreditamos que o maior catalisador serão os próximos passos da administração, dado o espaço significativo para M&As (fusões e aquisições)”, afirmaram Alex Ferraz, André Dibe e Pablo Ordóñez, que assinam o relatório divulgado pelo Itaú BBA nesta quarta-feira.

Segundo os analistas, sob a nova estrutura, a Iguatemi pode levantar um grande volume de recursos (R$ 2 bilhões, com controladores mantendo 61% dos direitos de votos) para alocar em M&As.

Embora entenda que o cenário não está muito promissor para as operadoras de shopping centers, o Itaú BBA acredita que a adição de valor via M&As às companhias do setor pode ser significativa.

“Calculamos que a companhia poderia alcançar o mercado por meio de um follow-on (oferta subsequente de ações), ou até uma fusão, e levantar R$ 1-2 bilhões em recursos, enquanto o grupo controlador permaneceria com 64,6%-61,5% dos direitos de votos”, disseram Ferraz, Dibe e Ordóñez. “Acreditamos que o acréscimo de valor de uma grande aquisição pode ser significativo para a indústria de shoppings, dado o potencial de ganhos de escala”.

O Itaú BBA tem recomendação de marketperform (desempenho esperado em linha com a média do mercado) para a ação da Iguatemi, com preço-alvo de R$ 48,20.

A incorporação dos papéis da Iguatemi pela Jereissati computou 88% de votos a favor na assembleia geral. Considerando apenas os acionistas minoritários, o percentual foi de 64%.

Para cada ação da Iguatemi, o acionista vai receber 0,15964 ação ordinária e 0,31929 ação preferencial, que serão combinadas em units de uma nova empresa, a Iguatemi S.A., nova denominação a ser adotada pela Jereissati. A negociação dessas units na Bolsa deve começar em 29 de novembro.

O percentual de direito de voto dos controladores ainda precisa ser definido. Os acionistas da Jeressati têm 30 dias para aplicar a conversão das ações em units. A taxa de conversão determinará o capital votante dos controladores.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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