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IGTI11, MULT3, ALOS3 e LOGG3 no 1T24: A ação que deve ser destaque entre os shoppings, segundo a XP

17 abr 2024, 17:14 - atualizado em 17 abr 2024, 17:26
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A XP Investimentos projeta maiores taxas de ocupação e crescimento robusto de receita de estacionamento para os shoppings (Foto: Flávya Pereira/Money Times)

A XP Investimentos divulgou nesta semana, através de relatório produzido por Ygor Altero e Ruan Argenton, sua prévia de resultados para os shoppings e propriedades logísticas, entre eles Iguatemi (IGTI3), Multiplan (MULT3), Allos (ALOS3) e Log Commercial (LOGG3).

Para os shoppings, a XP espera:

  1. taxas de ocupação em níveis mais fortes (+73 pontos base), impulsionando o crescimento da receita de aluguel, compensado pela dinâmica negativa do IGP-M e IGP-DI;
  2. crescimento robusto da receita de estacionamento (+11%), impulsionado por perspectivas sólidas para o fluxo de veículos e tarifas de estacionamento; e
  3. expansão positiva do fluxo de caixa proveniente das operações (+18%), impulsionado pela redução das despesas financeiras.

Já para as propriedades logísticas, a corretora espera entregas sólidas juntamente com uma taxa de ocupação robusta, embora ainda veja a lucratividade sob pressão.

A XP espera que o Iguatemi seja o destaque da temporada, mantendo sua preferência pelo nome (preço-alvo de R$ 32,50), seguido pela Multiplan (alvo de R$ 35).

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Visão da XP para os shoppings no 1T24

Iguatemi (IGTI11)

Operacionalmente, a XP prevê um trimestre de sólido desempenho de vendas dos lojistas. O número deve ser impulsionado por um ótimo início no começo de 2024, com crescimento anual de vendas de 9% e 11% em janeiro e fevereiro, respectivamente.

Além disso, os analistas estimam uma alta razoável da receita de aluguel (+3,4%), prejudicada pelo efeito de ajuste do IGP-M, embora esperem uma sólida expansão de 94% da taxa de ocupação (+130 pontos base).

Além disso, eles estimam que as receitas de estacionamento aumentem solidamente (+15,1%), dada a dinâmica positiva do fluxo de veículos, que cresceu 7% em fevereiro.

Como resultado, os analistas preveem uma receita líquida de R$ 296 milhões e um Ebitda de R$ 227 milhões (+14%), ajudado pelo segmento de varejo mantendo o breakeven. Eles esperam ainda um fluxo de caixa de operações mais forte (FFO), de R$ 151 milhões (+36%), ajudado por despesas financeiras mais brandas.

“Para a Iguatemi, esperamos que a empresa continue operando no breakeven no segmento de varejo, o que poderia potencialmente levar a uma forte expansão do Ebitda ano a ano (esperamos um crescimento de +14% no 1T24)”, dizem.

Multiplan (MULT3)

A XP espera um sólido desempenho das vendas dos lojistas no trimestre, ajudado pelo aumento das vendas de 8,9% em janeiro, juntamente com uma expansão de 95,9% da taxa de ocupação (+120 pontos base).

Eles acreditam que essa combinação poderia suportar um crescimento razoável da receita de aluguel (4,2%), compensado pela dinâmica negativa do IGP-DI.

Além disso, esperam que as receitas de venda de imóveis continuem ganhando relevância no trimestre, ajudadas pela evolução do percentual de conclusão do projeto Golden Lake. Como resultado, a receita líquida deve aumentar, atingindo R$ 499 milhões (+6%).

Fora isso, projetam que o Ebitda permaneça em níveis saudáveis de R$ 364 milhões (+2%), apesar de verem uma margem Ebitda menor, de 72,9% (-3 pontos percentuais), dada a maior relevância do plano de incentivo de longo prazo e venda de imóveis. Finalmente, estimam um FFO de R$ 276 milhões (+6%), beneficiado por R$ 90 milhões em distribuição de juros sobre capital próprio.

Allos (ALOS3)

A corretora espera que a Allos apresente um desempenho positivo de vendas dos lojistas, com crescimento de um dígito no trimestre.

Além disso, esperam que o sólido nível de contratos assinados no último trimestre de 2023 (261 contratos) apoie uma taxa de ocupação mais alta de 96,5%.

Como resultado, apesar de uma área bruta locável (ABL) menor, estimam uma receita líquida estável em R$ 621 milhões (+2%). Além disso, esperam que o Ebitda atinja R$ 449 milhões (+1%), resultando em uma margem Ebitda ligeiramente menor de 72,2% (-0,8 p.p.).

No entanto, os analistas observam que a empresa concentrou sua provisão para remuneração variável entre outubro e dezembro do ano passado, resultando em despesas gerais e administrativas (G&A) menores no trimestre. “Se ajustarmos os números do 1T23 a esse efeito, veremos uma margem Ebitda estável A/A no 1T24”, dizem.

A XP projeta que o FFO aumente para R$ 265 milhões (+12%), suportado por menores despesas financeiras, explicadas por uma sólida gestão de passivos e um cenário de taxas de juros mais baixas.

“Quanto à Allos, esperamos que o sólido ritmo de contratos assinados no 4T23 (+261 contratos assinados) apoie o crescimento da taxa de ocupação T/T (vemos uma expansão trimestral de 20 pontos base), apesar da sazonalidade do 1T”, comentam.

Log Commercial (LOGG3)

Operacionalmente, a XP espera que a LOG continue no caminho certo em seu plano de expansão de ABL, com estimativas de 50 mil entregues no trimestre.

Além disso, eles preveem que a taxa de ocupação permaneça em um forte nível de 98%, apesar das maiores entregas no trimestre. As entregas devem ser impulsionadas por uma combinação de forte ritmo de absorção e alta taxa de pré-locação em novos ativos.

Como resultado, esperam que a receita líquida vá para R$ 54 milhões (-20%). Os analistas apontam para comparações difíceis devido aos menores níveis de ABL, dado o forte ritmo de vendas de ativos da LOG ao longo de 2023.

Por fim, a XP projeta que a margem Ebitda some 71,3% (-7,7 p.p.), explicado pela diluição de vendas e despesas (SG&A). Por fim, esperam que o FFO atinja R$ 11 milhões (-64%), levando a uma margem FFO mais branda de 20,8% (-25,7 p.p.), afetada por menores impostos diferidos.