Inflação

IGPM: o que é e como funciona o Índice Geral de Preços do Mercado?

06 jul 2021, 12:00 - atualizado em 16 set 2021, 18:23


O IGPM, também conhecido como a inflação do aluguel, é um índice brasileiro de inflação responsável por calcular a movimentação de preços na economia.

Quer saber mais sobre a inflação e como ela afeta nosso dia a dia e investimentos? Então, continue a leitura!

O que é IGPM?

O IGPM, sigla para Índice Geral de Preços do Mercado, é um indicador de variação dos preços na economia nacional. 

Seu propósito básico é monitorar mudanças no valor da moeda brasileira e nas variações dos preços, fazendo uma medição do patamar de inflação no país. Esta medição abrange desde matérias-primas, tanto agrícolas quanto industriais, até os produtos e serviços finais. 

O índice é utilizado como referência para os reajustes de preço, como no valor da energia elétrica e do preço de aluguel, além de outros serviços essenciais para a população.

Por ser muito utilizado para reajuste no valor de contratos de aluguel de imóveis, o IGPM também é conhecido como a inflação do aluguel.

No nosso cotidiano, quando um produto ou serviço aumenta de valor é porque o IGPM do mês também sofreu alta.

O índice é considerado uma referência macroeconômica abrangente. Ele é utilizado tanto pela indústria, para balanço de preços, quanto por investidores, em análises da economia nacional.

Como o IGPM é calculado?

O IGPM é calculado de forma mensal pela FGV — Fundação Getúlio Vargas.  Com o anúncio da porcentagem final, o mercado a utiliza como norte para tomada de decisões e reajuste de preços.

O cálculo do IGPM considera três variáveis:

  • IPA-M, Índice de Preços ao Produtor Amplo: responsável por monitorar variações do varejo, é o índice mais significativo do cálculo e corresponde a 60%;
  • IPC-M, Índice de Preços ao Consumidor: avalia os preços dos setores com maior impacto no poder de compra do consumidor, como alimentação e saúde, equivale a 30% do valor do IGPM;
  • INCC-M, Índice Nacional de Custo de Construção: avalia o custo de construção de habitações no país, incluindo materiais e mão de obra, e é responsável por 10% do IGPM.

O peso de cada índice utilizado, com diferentes variações de preço por mês, resulta no índice final do IGPM.

 O que é IGPM acumulado?

O acumulado do Índice Geral de Preços do Mercado é o balanço anual do índice. Ou seja, ele corresponde a média dos valores do IGPM divulgados nos últimos 12 meses.

O IGPM acumulado é utilizado como indicador para reajustes nos valores de aluguel na época prevista pelos contratos.

Investimentos e IGPM

O IGPM ajuda os investidores que buscam proteção do poder de compra. Por levar em conta as movimentações de preços em todo o país, o índice influencia os investimentos dos brasileiros. 

Quando o IGPM é cotado para cima, há uma desvalorização do dinheiro, pois os preços sobem, mas os rendimentos — como os salários — não são corrigidos segundo a porcentagem da inflação.

O índice afeta os investimentos que não estão protegidos contra a desvalorização da moeda. 

Quem investe deve estar sempre atento e analisando a inflação. É muito importante estar por dentro das atualizações do IGPM para, assim, prever as variações do mercado.

Diferença entre IGPM x IPCA

O IGPM, Índice Geral de Preços do Mercado, e o IPCA, Índice de Preços ao Consumidor Amplo, são ambos índices de inflação.

O IPCA é considerado amplo, pois visa uma cobertura de 90% das famílias que vivem nas áreas urbanas. Ele mede a inflação de produtos e serviços comercializados no varejo, que faz referência ao consumo das pessoas.

O IPCA leva em conta apenas os serviços e faz uma média das variações, já o IGPM calcula seu índice com base em três índices diferentes —  IPA, IPC e INCC.

Outra diferença é que enquanto o IPCA trabalha somente com os preços finais, o IGPM registra todas as etapas desde a produção até a venda.

Quer saber mais sobre o IPCA? Confira o texto sobre o assunto e fique por dentro dos indicadores da inflação brasileira.

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Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
giovana.leal@moneytimes.com.br
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