Economia

IGP-M sobe 0,20% na 1ª prévia de fevereiro; em 12 meses, acumulado é de 6,88%

11 fev 2019, 9:20 - atualizado em 11 fev 2019, 9:14

O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) registrou inflação de 0,20% na primeira prévia de fevereiro, que considera os primeiros dez dias de coletas de preços. A variação ficou acima da apurada no mesmo período de janeiro, quando o índice havia subido 0,03%. O IGP-M acumula agora 0,21% no ano e 6,88% em 12 meses. Calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), ele é usado na correção de contratos como aluguéis e é formado por três sub-índices, de atacado, com 60% de peso, varejo, com 30% e construção civil, com 10% de peso.

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Aceleração leve no atacado

Os dados mostram uma aceleração leve dos preços no atacado, com o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subindo 0,22% no primeiro decêndio de fevereiro. No mesmo período do mês de janeiro, o índice havia caído 0,13%. Apesar da alta o IPA ainda acumula queda de 0,04% no ano e alta de 8,42% em 12 meses.

Os produtos agropecuários saíram de uma deflação de -0,20% na primeira prévia de janeiro para alta de 0,20% em fevereiro. Também os preços industriais aceleraram, passando de queda de -0,11% para alta de 0,23%.

Alimentos in natura pressionam Bens Finais

Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais variaram em média 0,84% em fevereiro, ante 0,65% em janeiro. A principal contribuição para este avanço partiu do subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de 4,71% para 6,12%. O índice correspondente aos Bens Intermediários variou -0,09% no primeiro decêndio de fevereiro, contra -0,83% no mês anterior. Contribuiu para o movimento o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção cuja taxa passou de -2,34% para 1,93%.

Matérias-primas seguem com deflação

O índice referente às Matérias-Primas Brutas variou -0,14% no primeiro decêndio de fevereiro, após queda de 0,20% no mês anterior. Contribuíram para a taxa menos negativa do grupo os seguintes itens: leite in natura (-4,52% para -1,56%), café (em grão) (-4,53% para 0,67%) e cana-de-açúcar (0,34% para 1,28%). Em sentido oposto, vale citar minério de ferro (1,88% para 0,52%), bovinos (0,83% para -0,74%) e soja (em grão) (-1,72% para -2,24%).

Preços ao consumidor desaceleram com hortaliças e legumes

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,14% no primeiro decêndio de fevereiro, ante 0,38% no mês anterior. Com isso, o índice acumula alta de 0,72% no ano e de 4% em 12 meses.

Quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação, com destaque para o grupo Alimentação (0,71% para 0,12%). Nesta classe de despesa, vale mencionar o comportamento do item hortaliças e legumes, cuja taxa passou de 5,54% para -5,45%.

Peso menor de roupas e saúde

Também foram computados decréscimo nas taxas de variação dos grupos Vestuário (1,46% para -0,22%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,53% para 0,06%) e Habitação (0,33% para 0,16%). Nestas classes de despesa, as maiores influências observadas partiram dos seguintes itens: roupas (1,63% para -0,69%), artigos de higiene e cuidado pessoal (1,47% para -1,42%) e taxa de água e esgoto residencial (1,93% para 0,00%).

Cursos, ônibus e telefone e internet puxam inflação para cima

Em contrapartida, os grupos Educação, Leitura e Recreação (0,20% para 0,95%), Transportes (-0,19% para -0,11%), Comunicação (-0,02% para 0,09%) e Despesas Diversas (0,06% para 0,13%) apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, vale mencionar o comportamento dos itens: cursos formais (0,00% para 2,03%), tarifa de ônibus urbano (-0,39% para 2,24%), pacotes de telefonia fixa e internet (0,00% para 0,31%) e cartório (-0,03% para 2,64%).

Construção Civil sobe 0,25%

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,25% no primeiro decêndio de fevereiro, taxa inferior a apurada no mês anterior, quando o índice havia subido 0,27%. Agora, o INCC, usado na correção de financiamentos de imóveis na planta, acumula alta de 0,65% no ano e de 4,20% em 12 meses.

O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços subiu 0,48% em fevereiro, ante 0,18% no mês anterior. A principal contribuição para este movimento partiu do item equipamentos para transporte de pessoas, cuja taxa passou de 0,02% para 2,04%. Já o índice que representa o custo da Mão de Obra variou 0,05% no primeiro decêndio de fevereiro. No mês anterior, este índice havia captado alta de 0,34%.