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IGP-M passa a subir 1,51% em abril, diz FGV

29 abr 2021, 8:27 - atualizado em 29 abr 2021, 8:45
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O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos (Imagem: REUTERS/Leonardo Benassatto)

O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) registrou alta de 1,51% em abril, depois de subir 2,94% no mês anterior, com a inflação tanto ao produtor quanto ao consumidor acompanhando uma desaceleração nos valores dos combustíveis.

O dado informado nesta quinta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV) ficou acima da expectativa em pesquisa da Reuters, de avanço de 1,37%, e levou o índice a acumular em 12 meses alta de 32,02%.

Em abril, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, desacelerou a alta a 1,84%, de 3,56% no mês anterior.

Entre os componentes do IPA, o grupo Bens Finais registrou avanço de 1,1% em abril, depois de ter avançado 2,5% no mês anterior, desaceleração que foi atribuída aos combustíveis para o consumo, cuja taxa de variação passou de 18,64% para -1,08%.

Os Bens Intermediários também arrefeceram no período, apresentando alta de 3,16%, depois de saltarem 6,33% em março.

O subgrupo de combustíveis e lubrificantes para a produção foram apontados como os principais responsáveis para esse movimento.

O consumidor também viu a alta dos preços diminuir, com o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com peso de 30% sobre o índice geral, registrando alta de 0,44% em abril, contra 0,98% em março.

A maior contribuição para a leitura partiu do grupo Transportes, que desacelerou sua alta a 1,03% em abril, ante salto de 3,97% no mês anterior, refletindo a menor taxa de variação dos preços da gasolina de 11,33% em março para 3,03% em abril.

“A desaceleração da taxa de variação dos combustíveis orientou o recuo da inflação ao produtor e ao consumidor”, afirmou em nota André Braz, coordenador dos índices de preços.

No entanto, ele também destacou o avanço da taxa de variação do IGP-M em 12 meses: “tendência que deve continuar até o próximo mês, dado que o IGP-M havia subido apenas 0,28% em maio de 2020.”

O Índice Nacional de Custo de Construção (INCC), por sua vez, subiu 0,95% no período, depois de ter avançado 2,00% em março.

O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de aluguel de imóveis.

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