IGP-DI sobe menos que o esperado em janeiro e taxa em 12 meses vai a mínima em 3 anos e meio
O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP–DI) iniciou 2023 com alta de 0,06% em janeiro, depois de subir 0,31% em dezembro, e a taxa acumulada em 12 meses caiu ao menor nível em quase três anos e meio.
O dado mensal divulgado nesta terça-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV) ficou bem abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de aumento de 0,30%.
Com isso, o índice passou a acumular em 12 meses avanço de 3,01%, menor taxa interanual desde setembro de 2019, quando estava em 3%.
“A principal contribuição para a desaceleração do IGP-DI partiu da inflação ao produtor que, nesta edição, acumula alta 1,89% em 12 meses, a menor desde março de 2018, quando caíra 0,48%”, destacou André Braz, coordenador dos índices de preços.
No mês, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que responde por 60% do indicador geral, caiu 0,19%, de alta de 0,32% no mês anterior.
Segundo Braz, commodities importantes registraram queda expressiva ao produtor, com destaque para carne bovina (de -0,44% para -1,82%) e aves (de -2,26% para -3,36%).
A pressão para o consumidor em setembro, por outro lado, aumentou, uma vez que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) –que responde por 30% do IGP-DI– acelerou a alta a 0,80% no período, de 0,35% em dezembro.
No IPC, os destaques ficaram para Educação, Leitura e Recreação (-0,07% para 3,28%), Transportes (-0,07% para 0,92%) e Despesas Diversas (0,03% para 0,97%).
O Índice Nacional de Custo de Construção (INCC), por sua vez, registrou aceleração da alta a 0,46% em janeiro, de 0,09% antes.
O IGP-DI calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre o 1º e o último dia do mês de referência.