Economia

IGP-DI desacelera alta em junho com menor inflação no atacado, diz FGV

07 jul 2021, 8:38 - atualizado em 07 jul 2021, 8:38
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Segundo a FGV, Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que responde por 60% do indicador, passou a cair 0,26% em junho, após subir 4,20% no mês anterior (Imagem: REUTERS/Valentyn Ogirenko)

Os Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) desacelerou a alta para 0,11% em junho, depois de subir 3,40% em maio, uma vez que commodities importantes aliviaram a inflação no atacado, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira.

A expectativa em pesquisa da Reuters era de ganho de 0,21%. Com o resultado de junho, o índice acumula agora em 12 meses avanço de 34,53%.

Segundo a FGV, Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que responde por 60% do indicador, passou a cair 0,26% em junho, após subir 4,20% no mês anterior.

O destaque nesse desempenho foi o grupo Matérias-Primas Brutas, que caiu 2,40% em junho, depois de avançar 7,65% em maio.

André Braz, coordenador dos índices de preços, explicou em nota que “a soja (de 0,63% para -8,12%), o milho (de 5,09% para -8,75%) e o minério de ferro (de 17,03% para -3,85%), commodities de maior peso no IPA, apresentaram recuos importantes em seus preços na passagem de maio para junho. Tal comportamento contribuiu destacadamente para a desaceleração da inflação ao produtor (…)”.

Já a inflação ao consumidor foi de 0,64% no mês, depois de o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) –que responde por 30% do IGP-DI– ter subido 0,81% em maio.

Entre os componentes do IPC, o destaque foi o grupo Habitação, que desacelerou a alta a 0,89% no mês passado, após avançar 1,72% em maio.

O Índice Nacional de Custo de Construção (INCC) registrou em junho alta de 2,16%, de avanço de 2,22% em maio.

O IGP-DI é usado como referência para correções de preços e valores contratuais. Também é diretamente empregado no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) e das contas nacionais em geral.