Economia

IGP-DI desacelera alta a 2,17% com menos pressão do atacado, diz FGV

07 abr 2021, 8:22 - atualizado em 07 abr 2021, 8:25
Supermercado Consumo Varejo
Com esse resultado, o índice passa a acumular alta de 30,63% em 12 meses (Imagem: Reuters/Pilar Olivares)

O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou alta de 2,17% em março depois de subir 2,71% no mês anterior, com a descompressão dos preços no atacado compensando o peso dos combustíveis no varejo.

O dado divulgado nesta quarta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV) ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 2,63%.

Com esse resultado, o índice passa a acumular alta de 30,63% em 12 meses.

Em março, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que responde por 60% do indicador, desacelerou a alta para 2,59%, de 3,40% em fevereiro.

Os custos dos Bens Intermediários passaram a subir 4,04% em março, depois de dispararem 6,60% no mês anterior, com desaceleração da alta do subgrupo materiais e componentes para a manufatura de 5,51% para 2,44%.

Por outro lado, para o consumidor a pressão da alta dos preços ficou mais intensa, uma vez que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) –que responde por 30% do IGP-DI– teve alta de 1%, depois de subir 0,54% em fevereiro.

“Os energéticos foram os responsáveis pela avanço da taxa do IPC de fevereiro para março. As principais contribuições para a aceleração da inflação ao consumidor partiram dos seguintes itens: gasolina (11,05%), etanol (17,33%), tarifa de energia(1,02%) e gás de bujão (4,04%), que juntos responderam por 77% do resultado final do IPC”, explicou André Braz, coordenador dos índices de preços.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, desacelerou a alta no período a 1,30%, de 1,89% antes.

O IGP-DI é usado como referência para correções de preços e valores contratuais. Também é diretamente empregado no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) e das contas nacionais em geral.

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