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Ifix volta a subir após o mercado digerir a decisão do Copom; o que esperar agora?

21 jun 2024, 9:39 - atualizado em 21 jun 2024, 9:39
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Em junho, a perda acumulada do Ifix é de 2,39%, e no ano, de 0,30%. (Imagem: Creativa Images/ Canva Pro)

Mesmo com um pouco de volatilidade, o Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX) conseguiu fechar a quinta-feira (20) com uma leve alta de 0,04%, aos 3.301,49 pontos. Este é o terceiro resultado positivo em junho.

A alta está relacionada com o próprio bom humor do mercado ontem após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) em manter os juros no atual patamar. Apesar do resultado ter saído na quarta-feira (19), o mercado pode digerir à decisão apenas nesta quinta.

A taxa de 10,50% ainda é alta, mas o que fez com que o mercado pudesse respirar um pouco mais aliviado, ontem, foi uma palavrinha: unanimidade. Isso porque, na última reunião, em maio, o Banco Central divulgou que houve um dissenso entre os membros do comitê, o que causou uma quebra na credibilidade da autarquia, que até então estava divulgando o guidance e seguindo-o.

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O que esperar dos fundos imobiliários daqui para frente?

Apesar disso, vale lembrar que apenas em junho, a perda acumulada do Ifix é de 2,39%, e no ano, de 0,30%. Com isso, é importante entender o que causou esta estagnação na taxa o se pode esperar daqui para frente.

No comunicado enviado pelo Copom ao mercado, ele ressalta que optou por interromper o ciclo de queda de juros, destacando que o cenário global incerto e o cenário doméstico marcado por resiliência na atividade, elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas demandam maior cautela. Somado a isso, ainda tem a questão fiscal que, a cada dia, ganha uma nova proporção.

Para os fundos imobiliários este cenário não é favorável, principalmente no curto prazo. No entanto, Caio Nabuco, analista da Empiricus Research, avalia que os fundos ainda permanecem com dividendos elevados. 

“Há um spread em relação aos principais indexadores que agregam ao menos um mínimo de atratividade. Para o médio e longo prazo, temos boas perspectivas para a categoria”, avalia o analista.

O relatório setorial do primeiro semestre de 2024 do Itaú BBA, que avaliou especificamente os fundos de lajes corporativas, divulgado no início da semana, também destaca que os FIIs continuam descontados e seguem como teses de ganho de capital.

Leia também: Selic em 10,50% é alerta ou oportunidade? Veja os FIIs de escritórios favoritos do Itaú BBA

As maiores altas e baixas desta quinta-feira (20)

Entre os destaques positivos do dia estava o BTG Pactual Terras Agrícolas (BTRA11), que avançava 1,82%, valendo R$ 56,00. Na sequência, apareciam os fundos RBR Alpha Multiestratégia Real Estate (RBRF11), com alta de 1,81%, a R$ 7,33, e o Bresco Logística (BRCO11), com valorização de 1,65%, a R$ 112,70.

Fundo Ticker Variação (positiva) R$
BTG Pactual Terras Agrícolas BTRA11 1,82% 56,00
RBR Alpha Multiestratégia Real Estate RBRF11 1,81% 7,33
Bresco Logística BRCO11 1,65% 112,70
CSHG Real Estate HGRE11 1,59% 116,32
Versalhes Recebíveis Imobiliários VSLH11 1,58% 3,22

Na ponta negativa, estava o Ourinvest JPP (OUJP11), que recuava 2,83%, a R$ 84,03. Bradesco Carteira Imobiliária Ativa (BCIA11) caia 2,45%, cotado a R$ 101,35, enquanto JS Ativos Financeiros (JSAF11) desvalorizava 1,41%, a R$ 90,81

Fundo Ticker Variação (negativa) R$
Ourinvest JPP OUJP11 2,83% 84,03
Bradesco Carteira Imobiliária Ativa BCIA11 2,45% 101,35
JS Ativos Financeiros JSAF11 1,41% 90,81
Btg Pactual Agro Logistica BTAL11 1,03% 73,15
BRPR Corporate Offices BROF11 1,03% 53,99