Ifix acumula queda de 1,18%; taxa Selic mais alta pode ajudar os fundos imobiliários?
O Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX) fechou o dia no pior resultado de setembro. Nesta terça-feira (17), o índice caiu 0,21%, chegando aos 3.353,66 pontos.
No mês, o IFIX tem um recuo acumulado de 1,18%, sendo 12 pregões de queda. No ano, porém, o índice tem alta de 1,27%.
O mercado espera que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central eleve a taxa Selic nesta quarta-feira (18). As opções de Copom, contratos que permitem a negociação da variação da taxa, indicavam que o BC deve aumentar a Selic em 0,25 p.p. (R$ 76,50), mas ainda havia quem cogitasse uma ação mais hawkish (alta de 0,50 p.p. – R$ 15) ou até mesmo mais dovish (manutenção – R$ 8,75).
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Apesar de a taxa de juros no Brasil já ser elevada, o sócio-fundador da Éxesnovos, Artur Carneiro, avalia que aumentos tendem a restringir projetos imobiliários, que se tornam menos viáveis devido ao alto custo de capital. Por outro lado, ele entende que o cenário se mostra ainda mais favorável para investidores de FIIs de papel.
“Com juros elevados e a isenção de impostos, essa classe de investimento se torna cada vez mais atraente em comparação a outras opções disponíveis no mercado”, pondera Carneiro.
Hoje também é dia de receber a decisão do Federal Open Market Committee (Fomc), do Federal Reserve (Fed). Nos Estados Unidos, a expectativa é de afrouxamento monetário. O mercado segue dividido quanto ao tamanho do corte. Na véspera, a maioria (63%) esperava uma redução de 0,50 ponto percentual (p.p.), mas outra parcela (37%) apostava em 0,25 p.p., segundo o CME FedWatch Tool.
As maiores altas e baixas do IFIX no último pregão
Entre os destaques positivos do IFIX, o BTG Pactual Shoppings (BPML11) avançou 0,82%, a R$ 92,55. Na sequência, apareciam os fundos Mauá Capital Recebíveis Imobiliários (MCCI11), com alta de 0,81%, a R$ 88,10, e Suno Fundo de Fundos (SNFF11), que subiu 0,49%, a R$ 99,99.
Fundo | Ticker | Variação (positiva) | R$ |
---|---|---|---|
BTG Pactual Shoppings | BPML11 | +0,82% | 92,55 |
Mauá Capital Recebíveis Imobiliários | MCCI11 | +0,81% | 88,10 |
Suno Fundo de Fundos | SNFF11 | +0,50% | 88,45 |
BB Progressivo II | TVRI11 | +0,49% | 99,99 |
BTG Pactual Fundo de Fundos | BCFF11 | +0,49% | 8,24 |
Na ponta negativa, estava o Mauá Capital High Yield (MCHY11), que recuou 1,82%, a R$ 9,15. O Pátria Imobiliário FOF (HGFF11) caiu 1,71%, cotado a R$ 80,60, enquanto o Vinci Offices (VINO11) desvalorizou 1,42%, a R$ 5,56.
Fundo | Ticker | Variação (negativa) | R$ |
---|---|---|---|
Mauá Capital High Yield | MCHY11 | -1,82% | 9,15 |
Pátria Imobiliário FOF | HGFF11 | -1,71% | 80,60 |
Vinci Offices | VINO11 | -1,42% | 5,56 |
Vinci Imóveis Urbanos | VIUR11 | -1,38% | 6,45 |
Clave Índices de Preços | CLIN11 | -1,26% | 93,15 |