Iene avança sob persistência do temor da guerra comercial EUA-China
O iene ganhou terreno em relação ao dólar americano nesta terça-feira (27), à medida em que as preocupações com a última escalada da prolongada guerra comercial sino-americana sustentavam a demanda por ativos de porto seguro.
Os mercados globais têm sido assolados pela evolução da disputa comercial neste mês. O presidente dos EUA Donald Trump afirmou na segunda-feira (26) que as autoridades chinesas haviam telefonado e se oferecido para retomar as negociações, uma afirmação que a China se recusou a confirmar.
Seus comentários ajudaram a moderar as perdas nos mercados globais depois que ambos os lados anunciaram novas tarifas na sexta-feira. Mas as preocupações continuam sobre a falta de um caminho claro para resolver a disputa, que tem provocado uma deterioração na perspectiva de crescimento da economia global.
O dólar caía 0,37% em relação ao iene, cotado a 105,72 por volta das 5h02.
O iene, que tende a ser comprado em épocas de incerteza econômica, também subiu cerca de 0,6% em relação ao mercado de dólares da Austrália e da Nova Zelândia.
O índice dólar, que mede a força da moeda norte-americana em comparação com uma cesta das seis principais divisas, caía 0,17%, para 97,81.
Os rendimentos do Tesouro dos EUA de 10 anos, que são referências, caíam para 1,51%. A curva de juros continua invertida com os títulos de 2 anos, cujos rendimentos foram negociados a 1,53%, o que é comumente considerado um sinal de uma recessão econômica iminente.
Na China, o iuan continental caía para uma nova baixa de onze anos e meio ano, em meio a preocupações de que a economia esteja sofrendo com a disputa comercial em curso.
O euro ficou pouco alterado em 1,1106.
A libra foi negociada a 1,2243, após uma queda de 0,5% na segunda-feira dos investidores reavaliando se o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, fez algum progresso em convencer a União Europeia a renegociar o acordo Brexit.
Johnson disse na segunda-feira que estava preparado para buscar as negociações do Brexit à União Europeia até o último minuto antes do prazo final de 31 de outubro e, se necessário, tomar uma decisão de sair sem um acordo naquele dia.
A Reuters contribuiu para esta matéria