Petróleo

IEA prevê excedente de oferta de petróleo e fraca demanda da China em 2025

21 out 2024, 10:22 - atualizado em 21 out 2024, 10:22
Petróleo oriente médio
(Imagem: iStock/vadimrysev)

O crescimento da demanda de petróleo da China deverá permanecer fraco em 2025, apesar das recentes medidas de estímulo de Pequim, já que a segunda economia do mundo está eletrificando a frota de automóveis e cresce em um ritmo mais lento, disse o chefe da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) nesta segunda-feira (21).

A China, que foi responsável por mais de 60% do crescimento da demanda global de petróleo na última década, quando sua economia cresceu 6,1% em média, está desacelerando, disse o diretor executivo da IEA, Fatih Birol, à Reuters, à margem da conferência da Semana Internacional de Energia de Cingapura.

“A economia chinesa com cerca de 4% (de crescimento) ou em torno disso significaria que a China precisará cada vez menos de energia”, disse ele, acrescentando que a demanda por veículos elétricos, que se tornaram competitivos em termos de custo em relação aos carros convencionais, continuará a crescer.

“O impacto do estímulo não foi tão significativo quanto alguns dos observadores do mercado esperavam”, disse Birol, referindo-se aos recentes anúncios fiscais de Pequim com o objetivo de reavivar o crescimento econômico.

“Ele ainda é limitado. E, como vemos hoje, será muito difícil ver um grande aumento da demanda chinesa por petróleo.”

Os preços globais do petróleo estão oscilando em torno de US$ 70 por barril, depois de cair mais de 7% na semana passada, apesar do aumento das tensões geopolíticas no Oriente Médio. [O/R]

“Um dos dois motivos pelos quais observamos uma reação moderada nos preços do petróleo é que a demanda está fraca este ano e a expectativa é de que ela será fraca no próximo ano”, disse Birol, observando que a demanda chinesa por petróleo teria ficado estável este ano se não fosse pelos produtos petroquímicos.

Outro fator que limita os preços do petróleo é o aumento da oferta dos produtores não pertencentes à Opep — EUA, Canadá, Brasil e Guiana –, que é maior do que o crescimento da demanda global de petróleo, acrescentou.

Quando perguntado se ele espera que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, um grupo conhecido como Opep+, interrompa os cortes de produção em 2025, Birol disse que cabe à Opep decidir sobre isso.

“O que vejo é que haverá um excedente de petróleo no próximo ano nos mercados se não houver grandes mudanças no contexto geopolítico”, disse ele.

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