Ibovespa

Ibovespa vai entrar em queda livre? Veja o que esperar do índice, segundo o Itaú BBA 

07 abr 2025, 15:01 - atualizado em 07 abr 2025, 15:01
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O Ibovespa opera em forte queda e acumula baixa de mais de 5 mil pontos nos últimos três pregões; próximo suporte é aos 125,3 mil pontos (Imagem: Money Times)

O Ibovespa (IBOV) opera em forte queda nesta segunda-feira (7), pela terceira sessão consecutiva  — acumulando baixa de mais de 5 mil pontos. Hoje, o principal índice da bolsa brasileira opera no nível dos 126 mil pontos, recuando 0,8%.

Na análise técnica do Itaú BBA, o Ibovespa pode ceder ainda mais nos próximos dias. 

O próximo suporte do IBOV é aos 125.300 pontos. “Se perder essa região, o índice sairá da tendência de alta e encontrará próximo suporte aos 122 mil pontos”, afirma a equipe de análise técnica do banco, em relatório. 

Segundo os analistas, agora é o momento de gerenciar o risco alocado e aproveitar algumas operações para proteger ganhos recentes. 

O que derruba o Ibovespa e outras bolsas no mundo? 

O tom negativo dos mercados acionários globais é puxado pela piora do humor dos investidores, que precificam uma recessão nos Estados Unidos e a escalada de uma guerra comercial após o ‘tarifaço’ dos Estados Unidos sobre produtos de importação dos países parceiros comerciais. 

“A incerteza sobre o crescimento da economia norte-americana e mundial após o anúncio de novas tarifas por parte dos EUA, trouxe uma aversão a risco nos mercados norte-americanos e começou a espalhar nos demais mercados”, diz o relatório.  

Na última quarta-feira (4), Trump estabeleceu uma alíquota-base de 10% para todos os países que são parceiros comerciais, que entrou em vigor no último sábado (5). Já as tarifas recíprocas serão aplicadas a partir de 9 de abril. De acordo com a Casa Branca, China (com taxa de 34%), Vietnã (46%), União Europeia (20%) e Taiwan (32%) serão os mais impactados.

Em resposta, a China anunciou uma tarifa de 34% sobre a importação dos produtos norte-americanos na última sexta-feira (4). A medida começa a valer na próxima quinta-feira (10) — um dia após a tarifa de 34% dos EUA contra os produtos chineses entrar em vigor.

Hoje (7), Trump voltou a endurecer o discurso contra a segunda maior economia do mundo. Em publicação na rede social Truth, o presidente norte-americano disse que, se a China não recuar na tarifa retaliatória, os EUA vão aumentar a alíquota de importação recíproca de 34% para 50%. 

Em linhas gerais, as tarifas podem gerar um movimento em cadeia: as taxas podem encarecer os produtos que chegam nos EUA; os preços sobem, acelera a inflação que, depois, pode resultar em uma queda de atividade econômica e, consequentemente, da lucratividade das empresas.

Além disso, os EUA já estão em um cenário de desaceleração econômica e a preocupação agora é de uma stagflation – momento em que a redução ou estagnação de crescimento econômico está atrelado a aumentos de preços, ou a uma inflação acima da esperada pelo Federal Reserve (Fed), o Banco Central norte-americano.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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