Ibovespa vai cair ou subir nas próximas semanas? Veja o que esperar após alta de juros nos EUA
O Ibovespa subia e o dólar caía após o Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, elevar a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual.
Por volta das 16h20, o índice avançava 0,8%, aos 107 mil pontos – depois de operar a maior parte do dia no campo negativo -, e a divisa recuava 0,8%, a R$ 4,91.
O movimento segue os principais índices acionários norte-americanos, que subiam após o presidente da autoridade monetária, Jerome Powell, dizer que o Comitê não está ativamente considerando uma elevação de juros de 0,75 pontos percentuais.
O mandatário afirmou que enxerga altas de 0,5 ponto percentual “na mesa” para as próximas reuniões, aliviando apostas por um aperto mais duro, na avaliação da corretora Commcor.
“Ativos de risco oscilavam bastante, mas parece haver a sensação de que o Fed tomou cuidado em não ser demasiadamente hawkish [duro]”, diz.
O economista da Daycoval Asset, Julio Barros, destaca que é fundamental esperar a ata da reunião que decidiu pela elevação dos juros, mas diz que também não viu uma postura mais dura.
“O Comitê deu uma certa relativizada com os dados recentes” – a exemplo das restrições na China, guerra na Ucrânia e mercado de trabalho local “apertado”, cita.
“O impacto disso é que você pode ter uma expectativa de ativos melhores”, comenta, apesar de destacar que é difícil dizer que o mercado estava ou não muito pessimista.
Sócio da assessoria de investimentos Nexgen Capital, Felipe Izac comenta que consegue ver que há espaço para subir mais a taxa de juros, mas destaca que o Fed vê que a economia dos EUA permanece forte.
Ibovespa, dólar e Fed: O que esperar
A equipe de renda variável do Daycoval Asset prevê o Ibovespa entre 110 mil e 115 mil pontos e o dólar entre R$ 4,80 e R$ 5,20 nas próximas semanas. Ou seja, a bolsa teria espaço para se recuperar, enquanto a moeda está dentro da “margem” da projeção.
Sobre os juros nos EUA, a LCA Consultores segue esperando outros dois aumentos de 0,50 ponto percentual, a serem implementados nas reuniões do Fomc de 15 de junho e 27 de julho, além da redução do ritmo de elevação da Fed Funds Rate para 0,25 ponto percentual a partir da reunião de 21 de setembro.
“Continuamos a avaliar que o ciclo de aperto será encerrado na virada de 2022 para 2023, com a taxa básica de juros no intervalo de 2,75% a 3%. Mas alertamos que os riscos de um aperto maior das condições monetárias nos EUA continuam relevantes”, diz.
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