Ibovespa vai cair até 110 mil pontos ou já esgotou a força de baixa? Há divergências
O mercado se prepara para mais um dia nervoso na Bolsa brasileira. Para onde quer que se olhe, não há muita esperança de um pregão positivo nesta quinta-feira (19). Lá fora, as principais bolsas recuam, pressionadas pela ata do Fomc, o equivalente americano do nosso Copom, e pela expectativa de desaceleração da China.
Um efeito colateral é a queda das cotações do minério de ferro, o que impacta diretamente as ações da Vale (VALE3), um dos pilares do Ibovespa. E, por falar nele, o Ibovespa Futuro já abriu em baixa. Às 9h07, os contratos com vencimento em outubro recuavam 1,62% e eram negociados por 115.005 pontos.
Isso significa uma queda de 1,40% sobre os 116.643 pontos com que o índice encerrou ontem (18), mas já há quem projete um tombo bem maior – até a região dos 110 mil pontos. É o caso da equipe de grafistas da Genial. Para eles, o último piso importante, capaz de impedir um mergulho no precipício, estava nos 116.750 pontos e já, portanto, foi rompido.
Essa ruptura “pode abrir espaço para correções até 110.930 pontos (próximo suporte no gráfico diário)”, afirma a Genial no relatório de abertura de mercado de hoje.
Tom de esperança
Já a XP Investimentos deixa um tom de esperança no ar. Seu time de grafistas também acredita que a tendência de queda continua, pelo menos, no curto prazo. “Tecnicamente não há sinais de reversão”, afirma Martha Matsumura, no relatório desta manhã.
A analista, no entanto, chama a atenção para o IFR (Índice de Força Relativa). Essa métrica é utilizada pelos grafistas para determinar o início ou esgotamento de tendências de alta ou baixa de um ativo.
No caso do Ibovespa, a XP Investimentos afirma que seu IFR está entrando na zona de sobrevenda. Quando isso ocorre, é sinal de que as forças que derrubaram o índice estão se esgotando e, portanto, pode haver algum espaço para reação. Quem está certo: Genial ou XP Investimentos? Os próximos dias dirão.