Ibovespa ultrapassa os 79 mil pontos e fecha em novo recorde; Dow supera 25 mil
Por Angelo Pavini, da Arena do Pavini
Os mercados do mundo todo começaram 2018 bastante animados com a perspectiva de um ano de forte crescimento da economia mundial e as bolsas de valores estão refletindo isso, batendo recordes atrás de recordes. No Brasil, o Índice Bovespa, principal indicador de desempenho das ações negociadas na bolsa B3, completou o nono pregão seguido de alta e superou hoje mais dois recordes nominais: de pontos durante o dia e de pontos no fechamento. Dados da China e da Europa reforçaram a expectativa de uma economia mais forte em 2018.
O índice encerrou o dia em 78.647 pontos, alta de 0,84% em relação ao pregão anterior, que já havia sido recorde, com 77.995 pontos. Terça-feira também havia sido dia de recorde, o que significa que nos três primeiros dias do ano o índice vem ultrapassando suas máximas, acumulando alta de 2,94% em 2018, ou seja, na semana.
Estrangeiro puxa alta com R$ 866 milhões em um dia
E a alta poderia ter sido maior, pois durante o dia, o Ibovespa chegou a superar os 79 mil pontos, estabelecendo um novo recorde intradiário, de 79.134, e perdendo um pouco de força ao longo da tarde.
Mesmo assim, manteve o recorde de fechamento, puxado novamente pelos estrangeiros, como mostram as altas dos papéis de bancos, como Itaú Unibanco PN, com 2,08%, Bradesco PN, 1,64% e Banco do Brasil ON, 0,96%. Apenas na terça-feira, primeiro pregão do ano, os estrangeiros trouxeram para a bolsa R$ 865,817 milhões, completando o sétimo dia seguido de superávit, segundo o BB Investimentos.
O volume negociado, de R$ 9,564 bilhões, acima da média do ano passado, mostra que os estrangeiros estavam presentes.
Siderúrgicas são destaque
As siderúrgicas também foram destaque, com forte volume negociado e liderando as altas do índice, depois que a CSN anunciou um reajuste de mais de 20% nos preços do aço para a indústria. Com isso, Gerdau PN foi a quarta ação mais negociada do dia e Usiminas PNA, a quinta.
Maiores altas do dia
Usiminas PNA foi também a maior alta do índice no dia, com 5,65%, seguida de Gerdau PN, com 5,41%, Metalúrgica Gerdau PN, 3,65%, CSN ON, 3,11%, e Natura ON, 3%. Já as maiores quedas do índice foram de Fleury ON, 2%, Sabesp ON, 1,94%, Taesa Unit, 1,58%, Lojas Americanas PN, 1,46% e Engie Brasil ON, 1,30%.
Mesmo com frio, Dow supera os 25 mil pontos
No exterior, o chamado “bull market”, ou mercado de alta, foi destaque nos Estados Unidos, mesmo com todos os problemas provocados pela onda de frio que colocou vários Estados em situação de alerta, bloqueou estradas e aeroportos e cancelou voos até na quente Flórida. Ignorando o frio, o Índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, superou pela primeira vez os 25 mil pontos. O Dow fechou em alta de 0,61%, aos 25.075 pontos, enquanto o Standard & Poor’s 500, com alta de 0,40%, também batia seu novo recorde com 2.723 pontos. O Nasdaq também superou suas máximas, com alta de 0,18%, aos 7.077 pontos.
Europa em alta
Na Europa, o dia também foi de fortes altas com o índice regional Euro Stoxx 50 ganhando 1,68%, o Financial Times, de Londres, 0,32%, o DAX, de Frankfurt, 1,46% e o CAC, de Paris, 1,55%. O petróleo voltou a subir após dados de estoques abaixo do esperado nos EUA, e o tipo WTI, negociado em Nova York, teve alta de 0,44%, para US$ 61,90, e o Brent, de Londres, de 0,18%, para US$ 67,96. A exceção foi o México, onde o índice IPC fechou em queda de 0,04%.
Dólar cai
O dólar comercial encerrou o dia em queda, de 0,25%, vendido a R$ 3,234, acumulando queda de 2,44% nos três primeiros dias do ano.