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Ibovespa: Tendência de alta pode se firmar só depois de fevereiro

15 dez 2021, 10:06 - atualizado em 15 dez 2021, 10:06
Bala de festim: baixa letalidade da ômicron não é suficiente para embalar alta do Ibovespa (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic)

O Ibovespa tenta, a todo custo, embalar seu tradicional rali de fim de ano. Mas, até agora, seus dois principais gatilhos – a aprovação da PEC dos Precatórios e a baixa letalidade da variante ômicron da Covid-19 – foram insuficientes para mantê-lo.

Por isso, é possível que uma tendência consistente de alta só seja vista depois de fevereiro. Pelo menos, é o que se conclui, quando se comparam o atual patamar dos contratos futuros de Ibovespa com os tetos que, se rompidos, reverteriam a atual tendência de baixa e destravariam um viés convincente de alta, segundo os analistas gráficos.

Na média, os grafistas situam esse teto em 109.143 pontos. Para chegar lá, o Ibovespa precisa subir apenas 2,23%. Parece pouco, mas o fato é que os investidores não têm apostado dinheiro nisso. Os contratos de Ibovespa futuro com vencimento em fevereiro, por exemplo, são negociados por valores inferiores a isso.

Alívio distante

Ontem (14), eles fecharam cotados em 106.698 pontos, com o adendo de que, nos últimos 30 dias, nem passaram perto do teto estipulado pelos grafistas. É verdade que, nesta manhã de quarta-feira (15), o Ibovespa futuro abriu em alta, animado pelo cenário internacional mais favorável.

Ainda assim, não se trata de uma disparada. Às 9h45, o contrato de fevereiro subia 0,39% e era negociado por 108.570 pontos.

Os analistas divergem sobre o que acontecerá, quando o Ibovespa romper a barreira dos 109 mil pontos. O Banco Safra estima que isso abriria caminho para o índice buscar os 114.500 pontos. Já a XP Investimentos fala em 117.000 pontos.

Veja onde está o teto que separa o Ibovespa de uma alta consistente, segundo o Banco Safra, a Genial Investimentos, a Ágora e a XP Investimentos.

Instituição 1º Resistência Ganho potencial* 2º Resistência Ganho potencial*
Ágora 109.400 2,47% ni ni
Genial 108.670 1,79% 109.370 2,44%
Safra 109.000 2,10% 114.500 7,25%
XP 109.500 2,57% 117.000 9,59%
Média 109.143 2,23% 113.623 6,43%
*sobre o fechamento de 14/dez

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Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
marcio.juliboni@moneytimes.com.br
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.