Mercados

Ibovespa opera instável de olho na China e na Arábia Saudita; Petrobras avança

16 set 2019, 11:50 - atualizado em 16 set 2019, 11:56
Mundo
Cenário exterior conturbado causa volatilidade na bolsa paulista (Imagem: Pixabay)

A bolsa paulista não mostrava uma direção firme nesta segunda-feira, em sessão marcada pelo vencimento de opções e volatilidade no exterior após dados de atividade mais fracos da China e aumento das tensões geopolíticas na esteira de ataques a campos e instalações de petróleo na Arábia Saudita.

Às 11:50, o Ibovespa caía 0,03%, a 103.450,48 pontos. O volume financeiro somava 6,6 bilhões de reais.

Dados chineses mostraram no fim de semana que a desaceleração da segunda maior economia do mundo se intensificou em agosto, com o crescimento da produção industrial no ritmo mais fraco em 17 anos e meio, reforçando as preocupações com o ritmo de crescimento da economia mundial.

Também no fim de semana, instalações petrolíferas da Arábia Saudita foram bombardeadas por drones, paralisando a produção de petróleo da Saudi Aramco equivalente a cerca de 5% da oferta global, o que fez a cotação da commodity disparar nesta segunda-feira para quase 72 dólares o barril.

“O maior risco geopolítico decorrente desse evento e o aumento de preços podem constituir mais um vetor negativo à atividade global, já em desaceleração”, destacou o Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, em relatório enviado a clientes.

Para a equipe da XP Investimentos, os ataques à Saudi Aramco deverão impor maior cautela nas decisões de juros essa semana.

“Bancos centrais do mundo todo (EUA, Japão, Inglaterra) e o Banco Central do Brasil decidirão suas novas taxas de juros entre quarta e quinta dessa semana e deverão analisar com cautela os potenciais impactos sobre preços”, ressaltou, em relatório enviado a clientes.

Destaques

Papeis da Petrobras (PETR3PETR4) subiam 3,2% e 3,6%, respectivamente, apoiadas na disparada dos preços do petróleo no mercado externo diante das tensões geopolíticas elevadas no Oriente Médio após ataques a campos e instalações de petróleo na Arábia Saudita.

Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4) caíam 7,4% e 6,8%, respectivamente, pressionadas pelo salto nos preços do petróleo, o que acaba elevando os custos de companhias aéreas.

Magazine Luiza (MGLU3) perdia 0,6%, também entre as maiores quedas, no segundo pregão de ajuste negativo seguido. No setor, Via Varejo (VVAR3) cedia 0,14% e B2W (BTOW3) subia 0,4%.

Vale (VALE3) perdia 2,1%, tendo de pano de fundo números mais fracos sobre a atividade econômica na China, em movimento que seguia o de ações de outras mineradoras na Europa.

Cielo (CIEL3) tinha elevação de 6,4%, tendo no radar ruídos relacionados a eventuais negociações de fusão e aquisição.

No fim de semana, o colunista Lauro Jardim, do jornal o Globo, publicou que a Stone e a Cielo andaram conversando nas últimas semanas e que o interesse esfriou, mas que as portas para retomar as conversas continuam abertas. As ações da Stone em Nova York subiam 5,2 por cento.

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