Ibovespa tem queda marginal, apesar de tombo em Nova York
O principal índice da bolsa de valores brasileira teve queda tímida nesta quinta-feira, após duas sessões de alta, mesmo com o tombo sofrido nos mercados em Wall Street por conta de liquidação das ações de tecnologia.
O Ibovespa (IBOV) caiu 0,15%, a 105.529,50 pontos. O volume financeiro da sessão foi de 27,7 bilhões de reais.
Petroleiras, bancos e frigoríficos deram suporte ao índice, enquanto mineradoras e siderúrgicas, assim como varejistas e empresas de tecnologia foram destaques de queda.
Em Nova York, o Nasdaq, focado em ações de tecnologia, cedeu 2,5% após três sessões de alta, liderando as perdas nos principais índices acionários norte-americanos.
O movimento ocorreu em meio à expectativa de início da temporada de balanços naquele país e diante de declarações de autoridades do Federal Reserve (Fed) sobre o cenário de alta de juros nos próximos meses.
A diretora do Fed Lael Brainard sinalizou, em comissão do Senado que julga sua promoção ao cargo de vice-chair da instituição, que o banco central dos EUA está se preparando para começar a subir as taxas de juros em março.
No Brasil, o setor de serviços cresceu 2,4% em novembro ante outubro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), bem acima da expectativa em pesquisa da Reuters, de alta de 0,2%.
Bruna Marcelino, estrategista-chefe da Necton Investimentos, disse que o movimento do Ibovespa nas últimas sessões duas altas firmes e certa resistência à queda forte desta quinta-feira em Wall Street parece ainda “muito pontual”, citando incertezas externas em relação ao ritmo da alta de juros nos Estados Unidos e locais incluindo as cenas fiscal e política.
O índice europeu STOXX 600 teve variação negativa de 0,03%.
Destaques
Vale (VALE3) caiu 1,5%, após duas sessões de alta. Siderúrgicas, metalúrgicas e mineradoras também cederam.
Contratos futuros de minério de ferro fecharam em baixa de 0,7% em Dalian, diante de preocupações sobre a demanda de curto prazo pela matéria-prima siderúrgica.
Petrobras (PETR4) subiu 2% e a ação (PETR3) avançou 2,4%, mesmo com os preços do petróleo em queda após duas sessões de alta.
Marfrig (MRFG3) subiu 5,2%, Minerva (BEEF3) ganhou 3,06% e JBS (JBSS3) avançou 1,73%.
BRF (BRFS3) teve alta de 0,7%, com anúncio de acordo com o fundo de investimentos soberano da Arábia Saudita para criar uma joint venture de produção de frangos no Oriente Médio.
Santander Brasil (SANB11) subiu 2,94% em sessão positiva para os grandes bancos.
Itaú Unibanco (ITUB4) avançou 1,85%, depois anunciar compra da corretora digital Ideal.
Itaúsa (ITSA4) teve alta de 2,8%.
Inter (BIDI11) recuou 9,9%, Locaweb (LSAW3) cedeu 8,4% e Méliuz (CASH3) caiu 4,8%, acompanhando queda dos papéis de tecnologia no exterior.
O papel reverteu perdas no meio da tarde, após O Estado de S.Paulo publicar que a empresa norte-americana UnitedHealth negocia vender o controle da Amil e que a disputa no momento está acirrada entre a Rede D’Or, e a família Bueno.
Raia Drogasil (RADL3) caiu 5%, maior queda desde o início de outubro.
No varejo, Magazine Luiza (MGLU3) cedeu 3,5% e Via (VIIA3) recuou 2,9%.
Moura Dubeux (MDNE3), que não está no Ibovespa, saltou 11,9%, maior alta desde 1° de novembro, após divulgar dados operacionais do quarto trimestre na noite da véspera.
LOG-IN (LOGN3) caiu 12,85%, em dia da conclusão da oferta de aquisição de ações da empresa pela Sas Shipping Agencies Services Sàrl, subsidiária da MSC.