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Ibovespa tem novo recuo com NY e queda de bancos após balanço de Santander Brasil

26 abr 2022, 12:15 - atualizado em 26 abr 2022, 12:15
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Às 11:52 (de Brasília), o Ibovespa caía 1,57%, a 108.943,00 pontos (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O principal índice da bolsa brasileira voltava a cair nesta terça-feira, a sétima baixa seguida, à medida que as perdas de ações do setor bancário doméstico, após balanço do Santander Brasil, somava-se a efeito de sessão de baixa em Wall Street.

A reação negativa aos resultados de Santander Brasil, que abriu a temporada de balanços para os grandes bancos locais, contaminava outros papéis do setor, incluindo de Itaú Unibanco e Bradesco, o que ajudava a derrubar o índice. Empresas de energia elétrica estavam entre os destaques positivos na ponta oposta.

Às 11:52 (de Brasília), o Ibovespa caía 1,57%, a 108.943,00 pontos. O índice estava rondando o menor patamar de fechamento desde 24 de janeiro, caso o desempenho se mantenha até o final do dia. O volume financeiro era de 7,6 bilhões de reais.

“O fator maior (de influência) está vindo de fora”, diz Luciano Costa, economista e sócio da Monte Bravo Investimentos, citando os temores de desaceleração econômica global que vêm atingindo os mercados tanto por causa da perspectiva de altas de juros mais agressivas nos Estados Unidos quanto pelas medidas de contenção à Covid-19 na China.

Camila Abdelmalack, economista na Veedha Investimentos, observa também que o impacto na econonomia chinesa afeta as commodities “e com isso há também uma retirada (de recursos) de investidor estrangeiro nesses últimos tempos”, “que vem trazendo a bolsa abaixo do patamar dos 110 mil pontos”.

Os principais índices de Wall Street caíam entre 1,3% e 2,7%, com manutenção do foco em perspectiva de aperto mais agressivo da política monetária norte-americana e nos efeitos econômicos das restrições na China contra Covid-19.

O mercado aguarda por algum suporte de resultados de grandes empresas de tecnologia dos Estados Unidos, como Alphabet e Microsoft, a serem divulgados após o fechamento do mercado.

Na cena local, o boletim Focus voltou a ser publicado depois de um hiato de quase um mês, e apontou para projeção de Selic por economistas de 13,25% no final do ano, ante expectativa de 13,05% na semana anterior e 13,00% há quatro semanas.

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Destaques

Santander (SANB11) caía 4%, após registrar lucro líquido de 4,005 bilhões de reais no primeiro trimestre, em linha com as expectativas do mercado. Provisões aumentaram na comparação mensal e anual e os resultados reforçaram a visão de margem financeira líquida sequencialmente menor. A qualidade dos ativos veio pior do que o esperado, escreveram analistas do Credit Suisse. Bradesco (BBDC4) recuava 4,1%, Itaú (ITUB4) perdia 3,2% e Banco do Brasil (BBSA3) cedia 2,2%.

Vale (VALE3) reduzia 0,2%, após os contratos futuros do minério de ferro em Dalian caírem 2,5%. Os futuros de níquel em Xangai retraíram 6,8%.

CSN (CSNA3) diminuía 3,8% e liderava queda entre siderúrgicas. Um incêndio atingiu um galpão da empresa em Volta Redonda, no Rio de Janeiro, mas não houve feridos ou impacto na produção.

Petrobras (PETR4) caía 0,1% e ON operava estável, mesmo diante de alta leve do petróleo com o mercado pesando temores com oferta na Rússia e demanda na China. 3R Petroleum (RRRP3) desvalorizava-se 0,9%, enquanto Petro Rio (PRIO3)tinha ganhos de 1,8%.

TIM (TIMS3) avançava 0,9%, estendendo ganhos da véspera após divulgar detalhes, incluindo de sinergias, da transação com a Oi (OIBR4) Móvel.

Energisa (ENGI11) tinha alta de 1%. A empresa apresentou dados operacionais de março na noite da véspera. Companhias de energia elétrica apontavam desempenho positivo no geral, com destaque para Equatorial (EQTL3), que subia 1,1%.

Ultrapar (UGPA3)  mostrava decréscimo de 4%, em dia de apresentação da companhia a analistas e investidores.

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