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Ibovespa tem leve alta com alívio na curva de juros e sessão mista em NY

25 mar 2022, 12:06 - atualizado em 25 mar 2022, 12:06
Ibovespa, ações, bolsa de valores
Às 11h39, o Ibovespa subia 0,32%, a 119.434,68 pontos (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O principal índice da bolsa brasileira registrava tímido avanço nesta sexta-feira, à medida que novo alívio na curva de juros local, mesmo após dado de inflação de março acima do esperado, contrapunha desempenho sem direção única em Wall Street e queda de papéis de commodities.

Ações do setor financeiro e ligadas à economia doméstica puxavam o índice, enquanto Vale, Suzano e Klabin estavam entre os destaques de baixa.

Às 11h39, o Ibovespa subia 0,32%, a 119.434,68 pontos. O índice caminhava para a oitava alta seguida e ganhos acumulados na semana de 3,5%, a segunda consecutiva. O volume financeiro era de 8,9 bilhões de reais.

O Ibovespa era beneficiado pela queda nos contratos de juros futuros, ainda que o IPCA-15 tenha avançado 0,95% em março, acima da expectativa do mercado de 0,87%, segundo pesquisa da Reuters com analistas.

“Com a curva de juros fechando, há impacto na bolsa”, diz Bruno Komura, analista da Ouro Preto Investimentos, que destaca a alta de ações de construção civil e shoppings, setores sensíveis aos movimentos dos juros.

Esses setores já tinham sido beneficiados na véspera, após o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, indicar que o ciclo de alta da Selic deve se encerrar em maio.

Komura ressalta que o IPCA-15 veio “bem ruim”, mas outros fatores ajudavam a curva a ceder nesta sexta-feira, como a queda do petróleo e do dólar. Agentes de mercado também citaram a manutenção de fluxo para os ativos brasileiros, o que vem beneficiando especialmente o câmbio nas últimas sessões. O dólar operava abaixo de 4,80 reais.

Os índices em Wall Street tinham performance mista, com a queda leve do Nasdaq Composite e ganhos de S&P 500 e Dow Jones. O conflito entre Rússia e Ucrânia e o ciclo de alta de juros nos Estados Unidos mantinham-se no radar do mercado.

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Destaques

Cogna (COGN3) disparava 10,8%, após a empresa apresentar melhora operacional no quarto trimestre e obter lucro líquido de 65 milhões de reais ante 4 bilhões de prejuízo no mesmo período do ano anterior. YDUQS ON, também de educação, subia 6,3%.

Vale (VALE3) caía 1%, mesmo após o minério de ferro saltar quase 4% na China, enquanto as usinas lutam com a escassez devido a interrupções relacionadas a Covid-19. Siderúrgicas operavam mistas.

Cyrela (CYRE3), do setor imobiliário, avançava 4%, operadoras de shoppings Iguatemi (IGTA3) e  Multiplan (MULT3) tinham alta de 4,3% e 3,8%, respectivamente, e a varejista Americanas (AMER3) ganhava 4,8%.

Petrobras (PETR4) recuava 0,4% e (PETR3) apontava acréscimo de 0,2%, em meio à queda do petróleo, com diminuição de preocupações relacionadas à oferta. PetroRio (PRIO3) caía 3,9% e 3R Petroleum (RRRP3) subia 1,1%.

Sabesp (SBSP3) perdia 2,5%, após queda de 31,7% no lucro líquido do quarto trimestre, em comparação ao mesmo período do ano anterior, com forte alta de custos e despesas, além de inadimplência.

Suzano (SUZB6) tinha queda de 4,3% e Klabin (KLBN11) diminuía 4,2%.

Hapvida (HAPV3) ON subia 6,3%, após queda de mais de 5% na véspera na sequência de resultado trimestral.