Ibovespa tem dia volátil com queda da Petrobras (PETR4) e liquidação de ações de tecnologia em NY
O Ibovespa operava entre perdas e ganhos nesta quinta-feira (3), sob pressão negativa de Wall Street e de nova queda das ações da Petrobras (PETR4) se contrapondo ao efeito da sinalização na redução no ritmo do aperto monetário no Brasil.
Por volta das 14h30, o principal índice da bolsa cedia 0,01%, aos 111,8 mil pontos. Acompanhe a cobertura em tempo real do Money Times.
O Banco Central (BC) elevou a Selic a 10,75% ao ano na véspera ao subir a taxa básica de juros em 1,5 ponto percentual pela terceira vez seguida, conforme esperado, mas surpreendeu parte do mercado ao indicar ritmo menor de ajuste.
O órgão ainda revisou significativamente para cima sua projeção de inflação para 2022 e afirmou que o horizonte relevante para a política monetária é, “em maior grau”, 2023.
Alguns setores mais sensíveis à taxa de juros reagiam positivamente à sinalização, como os de construção, educação e varejistas, ainda que esse movimento seja limitado por uma liquidação forte das ações de tecnologia em Nova York.
Os três principais índices de ações nos EUA caíam, à medida que as ações da Meta, dona do Facebook, afundavam, após a empresa divulgar uma projeção abaixo da esperada. O movimento contaminava o resto dos papéis do setor, assim como os mercados acionários globalmente.
Além disso, os novos pedidos de auxílio-desemprego caíram mais que o esperado na semana passada nos EUA.
Na véspera, o relatório de emprego da ADP revelou que o setor privado fechou postos de trabalho em janeiro pela primeira vez em um ano. Os números devem ajudar a calibrar expectativas do mercado para um indicador mercado de trabalho a ser divulgado na sexta-feira.
O mercado também digere decisões de política monetária na Europa. O BC da zona do euro, deixou a política inalterada, mas a presidente da instituição, Christine Lagarde, mostrou tom mais duro quanto à inflação.
E o BC da Inglaterra elevou o juro para 0,5%, em decisão dividida, com algumas autoridades querendo aumento ainda maior.
*Com informações da Reuters