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Ibovespa tem caminho ‘relativamente tranquilo’ para testar os 131 mil pontos esta semana, sugere análise gráfica

04 dez 2023, 16:06 - atualizado em 04 dez 2023, 16:06
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Ibovespa deve estender rali, segundo analistas (Imagem: Divulgação/B3)

O rali atual aproxima o Ibovespa de uma nova máxima histórica. Mesmo com a correção nesta segunda-feira (4), após o forte impulso no mês passado, o índice está bem perto de superar o patamar atingido em meados de 2021, de 131 mil pontos, o que o colocaria em níveis recordes.

No pregão desta segunda, em movimento de realização de lucros, o Ibovespa mostrava uma baixa de 1,05% por volta das 16h, de volta aos 126,8 mil pontos.

As correções de curto prazo são esperadas por analistas gráficos. Ainda assim, na semana que se passou, a configuração de potencial correção foi apagada, e a expectativa para os próximos dias é de sequência do rali, diz o PagBank.

Analistas gráficos do BB Investimentos avaliam que o índice tem “um caminho relativamente tranquilo” para testar os 131 mil pontos.

Segundo o BB, o Ibovespa pode ganhar impulso na esteira de um maior apetite a risco internacional, com o mercado precificando um ciclo de corte de juros nos Estados Unidos mais forte que anteriormente projetado para 2024.

“O Brasil retorna ao radar do investidor estrangeiro”, explica.

Para completar, o Ibovespa deve se beneficiar da trajetória dos juros no Brasil, que segue com perspectiva de continuidade de afrouxamento, além dos níveis de desconto relativo ainda elevados.

“Acima dos 128,3 mil pontos, os próximos objetivos são os 131 e 135 mil pontos”, diz o BB. A análise gráfica aponta primeiro suporte em 126,4 mil pontos.

Segundo o BB, os membros mais relevantes na composição do índice podem indicar algum desgaste, “sugerindo que a barreira dos 131 mil pontos será o principal teste do índice em 2023”.

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2024 será melhor

Se as chances de o Ibovespa superar o recorde de 2021 são boas, em 2024, o índice deve ir além, na avaliação de especialistas do mercado.

Apolo Duarte, sócio e head da mesa de renda variável da AVG Capital, vê como um importante gatilho o início da queda de juros americanos. Tendo a manutenção de dados positivos nos Estados Unidos e o cenário local não apresentar surpresas negativas, o Ibovespa deve sair beneficiado.

Vinicius Moura, sócio da GT Capital, comenta que as “variáveis do jogo” estão se alinhando. Além de juros mais baixos esperados, o interesse do governo em ter um controle fiscal contribui para a melhora de sentimento no mercado de renda variável.

Moura destaca ainda que o cenário para 2024 também conta com um aspecto positivo, que é a expectativa de melhora na lucratividade para a maioria das empresas.

“Cenário de juros menores traz otimismo para mercados descontados”, afirma. “Por aqui, ainda temos um cenário muito positivo para as empresas entregarem altas expressivas.”

O Inter Research tem previsão de 142 mil pontos para o Ibovespa em 2024. Segundo a instituição, a Bolsa brasileira deve viver tempos melhores ano que vem. À medida que os fundos de investimentos ficam menos pressionados e o cenário no Brasil mostra maiores sinais de confiança, principalmente do lado fiscal, o investidor institucional, pode voltar a ter fluxo maior de aporte, combinando com um apetite maior por parte do investidor estrangeiro.