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Suzano (SUZB3), JBS (JBSS3) e Klabin (KLBN11) avançam com dólar próximo de R$ 6 e corte de gastos

28 nov 2024, 12:37 - atualizado em 28 nov 2024, 18:37
ibovespa dólar
(Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

As ações de exportadoras Suzano (SUZB3), JBS (JBSS3) e Klabin (KLBN11) figuraram entre as maiores altas do Ibovespa (IBOV) nesta quinta-feira (28).

JBSS3 liderou a ponta positiva do índice com alta de 3,35%, a R$ 36,38. SUZB3 avançou 3%, a R$ 61,53, enquanto KLBN11 subiu 1,97%, a R$ 21,71.

Por serem companhias com receitas cotadas em dólar, os papéis da empresas acompanharam a forte valorização da divisa norte-americana. Na comparação com o real, o dólar encerrou as negociações a R$ 5,9895 (+1,29%). Esse é o maior nível de fechamento, em cotação nominal, desde a criação do real e superou o recorde registrado na véspera (27), quando o dólar fechou a R$ a R$ 5,9135. 

A disparada câmbio deve-se à reação negativa do mercado ao pacote de corte de gastos, anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que prevê economia de R$ 70 bilhões nos próximos dois anos.

Em conversa com o Money Times após os resultados do 3T24, a diretora de finanças corporativas e relações com investidores da Klabin, Gabriela Woge, reforçou que um dólar mais forte gera uma exposição positiva para a empresa, já que 40% de suas receitas vêm das exportações.

O mesmo cenário se dá para Suzano. A Camila Nogueira, também diretora de relações com investidores da companhia, ressaltou que qualquer apreciação de R$ 0,10 para o câmbio representa em torno de R$ 500 milhões em 12 meses na geração de caixa.

Outras empresas como BRF (BRFS3), Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3) também sobem nesta manhã, mas com menor intensidade.

O pacote ainda irá passar pelo crivo do Congresso antes de efetivamente valer. Em coletiva de imprensa ao lado do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, Haddad disse que os líderes da Câmara dos Deputados e do Senado receberam de forma “bastante favorável”.

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024, ficou entre os 80 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
pasquale.salvo@moneytimes.com.br
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024, ficou entre os 80 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.