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Ibovespa supera 116 mil pontos e reverte perdas em 2020

15 dez 2020, 16:06 - atualizado em 15 dez 2020, 16:06
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Muitos analistas também esperam novas orientações sobre por quanto tempo o Fed manterá seu significativo programa de compra de títulos (Imagem: B3/Linkedin)

O Ibovespa (IBOV) superava os 116 mil pontos nesta terça-feira pela primeira vez desde fevereiro, revertendo o sinal negativo no acumulado do ano, endossado por Wall Street e tendo o setor de mineração e siderugia entre os destaques.

Às 15:50, o Ibovespa subia 1,41 %, a 116.221,98 pontos, o que fazia a performance em 2020 ficar positiva em 0,5%. O volume financeiro era de 16,9 bilhões de reais.

Nos Estados Unidos, progressos na direção de mais estímulos econômicos fortaleciam as bolsas em Nova York, com as ações da Apple entre os destaques em meio a possibilidade de a empresa aumentar produção de iPhones.

Na expectativa do desfecho da reunião do Federal Reserve, o começo da campanha de vacinação nos EUA também amenizava as preocupações com o aumento de casos da doença e novas medidas de restrição, com o S&P 500 subindo 1,1%.

Em sua última reunião de política do ano esta semana, o banco central dos EUA deve manter sua principal taxa de juros ‘overnight’ fixada perto de zero e sinalizar que ela permanecerá nesse patamar nos próximos anos.

Muitos analistas também esperam novas orientações sobre por quanto tempo o Fed manterá seu significativo programa de compra de títulos. A autoridade monetária divulga o comunicado sobre decisão na quarta-feira, às 16h (horário de Brasília).

Em comentários a clientes mais cedo, o BTG Pactual afirmou que o principal destaque nos mercados continua sendo a liquidez, que deve permanecer ditando os comportamento dos mercados financeiros neste mês e nos primeiros meses de 2021.

Na B3, dados mostram saldo positivo de estrangeiros no mercado secundário brasileiro de 7,89 bilhões de reais em dezembro até o dia 11, corroborando a percepção de que parte dessa liquidez está sendo direcionada a mercados emergentes.

Vale (VALE3) avançava 1,3%, em sessão de força no setor de mineração e siderurgia, com analistas do Goldman Sachs elevando recomendação de CSN (CSNA3) a ‘compra’ e do Morgan Stanley a de Gerdau (GGBR4)para ‘overweight’.

Cosan  (CSAN3) subia 5,2%, após cair mais de 10% desde o começo do mês, tendo no radar a reestruturação societária do grupo em andamento.

O Bank of America reiterou recomendação de ‘compra’ aos papéis e elevou o preço-alvo de 78 para 94 reais.

Bancos também referendavam a performance do Ibovespa, com destaque para Banco do Brasil ON, em alta de 2,3%, enquanto Itaú Unibanco (ITUB4)  e Bradesco (BBDC4) mostravam elevação de 1,1% cada.

Petrobras (Petr4) subia 0,9%, na esteira do avanço dos preços do petróleo no exterior, onde o Brent registrava alta de 0,7%, a 50,65 dólares.

Cogna(Cogn3) recuava 3%, ainda sofrendo com a frustração de investidores após evento da empresa de educação com analistas não trazer sinais sobre vendas de ativos, apesar de premissas da companhia melhores sobre geração de caixa.

TIM(TIMS3)  perdia 2%, um dia após grupo formado pela empresa, Telefônica Brasil e Claro vencer leilão para comprar as operações de redes móveis da Oi.

Vivo (VIVT3) ON cedia 0,5% e Oi (OIBR3) subia 5%.