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Ibovespa supera 108 mil pontos pela 1º vez puxado por Petrobras em dia cheio de balanços

25 out 2019, 11:58 - atualizado em 25 out 2019, 11:58
Ações da estatal decolavam acima dos 3,30% por volta do meio-dia (Imagem: Reuters/Sergio Moraes)

O Ibovespa superou os 108 mil pontos pela primeira vez nesta sexta-feira, guiado pela alta expressiva das ações da Petrobras após a petrolífera reportar resultado trimestral forte, enquanto Ambev (ABEV3) atenuava o fôlego, em queda de quase 7% depois de resultado considerado fraco.

Às 11:59, o Ibovespa subia 0,22 %, a 107.222,33 pontos. Na máxima até o momento, chegou a 108.083,26 pontos. O volume financeiro somava 5 bilhões de reais.

Para a equipe da Elite Investimentos, o Ibovespa está repercutindo nesta manhã, principalmente, os resultados de Petrobras e Vale, divulgados na noite da véspera, em meio a uma agenda fraca no exterior, onde Wall Street também reage à temporada de balanços das companhias norte-americanas.

Eles ressaltaram, contudo, que os mercados seguem atentos ao progresso das negociações entre os Estados Unidos e a China, bem como o impasse na União Europeia em relação ao Brexit.

Números sobre a participação de estrangeiros no mercado secundário de ações brasileiro mostram entradas líquidas de 1,4 bilhão de reais nesta semana até o dia 23, o que ajuda a explicar o movimento mais forte do Ibovespa nos últimos dias, renovando máximas várias vezes.

Em Wall Street, o S&P 500 mostrava acréscimo de 0,15%.

Na visão da equipe do BTG Pactual (BPAC11), a partir de agora, investidores na bolsa paulista tendem a ficar no aguardo da divulgação de mais resultados trimestrais para intensificar suas razões de compra, conforme nota enviada pela área de gestão de recursos do banco a clientes.

“O nosso viés continua sendo de otimismo com o ambiente doméstico, uma vez que há agora uma expectativa de estabilidade fiscal”, afirmou.

Destaques

Petrobras (PETR3) e Petrobras (PETR4) subiam 3,35% e 3,15%, respectivamente, após a companhia reportar lucro líquido de 9,09 bilhões de reais para o terceiro trimestre, alta de 36,8% ante o mesmo período do ano passado, apesar de uma queda nos preços do petróleo, em meio a uma redução no custo de extração do pré-sal para nível “sem precedentes”.

Vale (VALE3) avançava 2,25%, também reagindo à repercussão do balanço do terceiro trimestre, quando a mineradora registrou lucro líquido de 1,654 bilhão de dólares, alta de 17,5% ante o mesmo período do ano passado, com a forte geração de caixa da empresa permitindo redução da dívida líquida em 4,4 bilhões de dólares no período.

Ambev (ABEV3) desabava 6,98%, tendo no radar lucro líquido 9,7% menor no terceiro trimestre em relação ao mesmo período de 2018, refletindo a estagnação dos volumes após vendas mais fracas no Brasil, enquanto os custos e as despesas gerais cresceram no período.

Usiminas (USIM5) subia 1,93%, mesmo após a companhia reportar prejuízo no terceiro trimestre de 2019 e queda no lucro operacional medido pelo Ebitda na comparação ano a ano, com analistas destacando  crescimento no saldo em caixa e expectativas mais pessimistas para a companhia.

Lojas Renner (LREN3) tinha variação positiva de 0,06%, tendo de pano de fundo queda de 2,6% no lucro líquido do terceiro trimestre, para cerca de 189 milhões de reais, com questões tributárias não recorrentes minimizando fortes receitas.

Localiza (RENT3) perdia 2,31%, mais uma vez entre as maiores quedas. Na quarta-feira, após o fechamento, a empresa divulgou lucro abaixo do previsto por analistas no terceiro trimestre, refletindo maior pressão nos preços para venda de carros, o que resultou em despesas com depreciação. Na véspera, a ação fechou em baixa de 6%.

Bradesco (BBDC4) subia 0,96%, endossando o viés positivo do Ibovespa, com Itau Unibanco (ITUB4) valorizando-se 0,38%, em sessão de modo geral positiva para as ações de bancos listados no índice.

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