Mercados

Ibovespa supera 105 mil pontos, com apoio de bancos

26 set 2019, 17:49 - atualizado em 26 set 2019, 17:49
O Ibovespa subiu 0,68%, a 105.191,47 pontos (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa fechou em alta nesta quinta-feira, acima dos 105 mil pontos, com bancos entre os principais suportes, em sessão marcada por sinais benignos do Banco Central sobre inflação e câmbio no Brasil e noticiário externo misto em relação às negociações comerciais entre Estados Unidos e China.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,8%, a 105.319,40 pontos. O volume financeiro da sessão atingiu 13,7 bilhões de reais.

Para o analista Régis Chinchila, da Terra Investimentos, a alta encontrou apoio em comentários do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que sinalizou tranquilidade da autoridade monetária em relação à inflação e à alta do dólar.

Campos Neto avaliou que a alta recente do dólar frente ao real não veio acompanhada de elevação do prêmio de risco e pontuou que o importante para o BC é quando há impacto do câmbio nos canais de inflação.

Também ajudou a bolsa, na visão do analista, a indicação de alinhamento entre o ministro da Economia, Paulo Guedes, e os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, “favorecendo o otimismo com o sucesso na implementação da agenda de reformas”.

O Ibovespa firmou-se no azul após uma manhã sem tendência clara, diante do noticiário misto sobre as negociações entre Estados Unidos e China, que têm adicionado volatilidade.

O governo chinês disse que os dois países estão se preparando para garantirem “progresso positivo” nas negociações em outubro e o assessor econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, destacou que movimentos da China nos mercados de commodities têm sido “muito positivos”.

Em paralelo, contudo, a agência Bloomberg noticiou que os EUA não devem prorrogar autorização temporária para que empresas norte-americanas atuem como fornecedoras à chinesa Huawei, que desde maio foi incluída em uma lista negra dos EUA.

Além dos sinais contraditórios nesse tema, o ânimo no pregão brasileiro também encontrou freio em incertezas ligadas aos desdobramentos do pedido de impeachment do presidente norte-americano, Donald Trump.

Em Wall Street, o S&P 500 cedeu 0,23% e o Dow Jones caiu 0,28%. O Nasdaq perdeu 0,57%.

Destaques

Itaú Unibanco (ITUB4) subiu 2,88%. Bradesco (BBDC4) teve alta de 1,44%. Operadores citaram fluxo de estrangeiro nos papéis. No mês, as ações dos maiores bancos privados do país acumulam alta de cerca de 5% cada. Santander Brasil (SANB11) avançou 1,12% na sessão.

Banco do Brasil (BBAS3)  teve acréscimo de 0,37%, um dia após divulgar aval de acionistas para vender até 64 milhões de ações que estão em tesouraria, operação de quase 3 bilhões de reais. A assembleia ainda aprovou a adesão a uma eventual oferta secundária de ações que estão com FI-FGTS.

– BB Seguridade (BBSE3) ( subiu 2,07%, após o conselho de administração aprovar proposta para redução de 2,7 bilhões de reais do capital social. Como consequência, os acionistas receberão 1,35 real por ação.

Cyrela (CYRE3) avançou 2,62% e MRV (MRVE3) ganhou 1,09%, em sessão positiva do setor imobiliário. Dados da Abecip mostraram que o financiamento imobiliário com recursos da poupança atingiu 6,71 bilhões de reais em agosto, alta de 18,4% ante mesmo mês de 2018.

Via Varejo (VVAR3) subiu 2,88%, tendo de pano de fundo declarações do maior acionista e presidente do conselho de administração da varejista, Michael Klein, de que considera a venda da operação do Extra.com, e reativar operações próprias de crediário usando a infraestrutura digital do BanQi.

BRF (BRFS3) caiu 1,43%, em sessão negativa do setor de carnes após altas recentes. Marfrig (MRFG3) desvalorizou-se 2,76% e JBS (JBSS3) cedeu 1,2%. No ano, esses papéis acumulam elevação de 80% a 180%.

Embraer (EMBR3) recuou 2,15%, em meio a receios de atraso na conclusão do acordo com a Boeing, após indicação da União Europeia de que vai iniciar uma avaliação aprofundada sobre a operação na qual a norte-americana assumirá o controle da divisão comercial da fabricante brasileira de aviões.

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