Mercados

Ibovespa sucumbe à piora externa e fecha em queda

18 mar 2021, 17:10 - atualizado em 18 mar 2021, 17:44
Ibovespa Ações Mercados B3SA3
O volume financeiro somava 30,32 bilhões de reais (Imagem: B3/Divulgação)

O Ibovespa (IBOV) fechou em queda nesta quinta-feira, com o petróleo acelerando as perdas no final da sessão para quase 7% e o norte-americano S&P 500 (SPX) renovando mínimas do dia, o que reverteu abruptamente a tentativa de melhora na bolsa paulista.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,81%, a 114.443,84 pontos, de acordo com dados preliminares, chegando a 114.301,95 pontos no pior momento.

No começo da tarde, bateu 116.750,66 pontos (+0,17%).

O volume financeiro somava 32,3 bilhões de reais.

Wall Street abriu com o S&P 500 já abatido pela alta dos rendimentos dos Treasuries após sinalização “dovish” do Federal Reserve na véspera, mas a piora do petróleo acentuou a perda. No fechamento, o S&P acusou queda de 1,48%.

O petróleo recuou pelo quinto dia consecutivo, registrando as maiores quedas diárias desde o último verão (no Hemisfério Norte), do aumento no número de casos de Covid-19 na Europa e da valorização do dólar.

O Brent fechou em queda de 6,94%, a 63,28 dólares o barril.

O cenário externo ofuscou a repercussão positiva no mercado para a decisão do Banco Central, que elevou a Selic na véspera pela primeira vez em quase seis anos, para 2,75% ante 2%, bem como sinalizou novo aperto nessa magnitude em maio.

No Twitter, o gestor Alfredo Menezes, sócio na Armor Capital, ponderou que pela lógica de “valuation” um aumento de juros exerceria uma pressão de baixa na bolsa, mas ressaltou que a decisão reduz o risco de inflação, que tem efeito nocivo.

“Estávamos em um processo de desorganização de preços e o BC precisava ancorar as expectativas de inflação”, afirmou Menezes, ex-tesoureiro do Bradesco.

Na véspera, embalado pelo tom “dovish” do Federal Reserve e no aguardo da decisão do Copom, o Ibovespa fechou em alta de mais de 2%, no maior patamar em quase um mês.

Destaques

Petrobras (PETR4) caiu 3,49% e Petrobras (PETR3) recuou 2,83%, contaminadas pelo forte declínio dos preços do petróleo no mercado externo.

No setor, Petrorio (PRIO3) desabou 8,60%.

Vale (VALE3) perdeu 1,78%, também pressionando negativamente no Ibovespa, com todo o setor de mineração e siderurgia no vermelho.

Itaú Unibanco (ITUB4) subiu 0,6% e Bradesco (BBDC4)  avançou 1,85%, com o setor financeiro evitando um fechamento ainda pior do Ibovespa, dada a relevante fatia que detém no índice.

B3 (B3SA3) encerrou em alta de 1,47%.

Gol (GOLL4)  recuou 7,53%, após revisar para baixo perspectivas para o começo de 2021, com a previsão de receita do primeiro trimestre caindo de 2,4 bilhões para 1,7 bilhão de reais.

Azul (AZUL4) cedeu 2,02%.

Magazine Luiza (MGLU3) fechou em baixa de 6,93%, com outros papéis associados a comércio eletrônico também entre as maiores quedas, sofrendo com o forte ajuste negativo no setor de tecnologia nos EUA, onde Mercado Livre caiu 6,6%.

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