Mercados

Ibovespa sobe no último pregão de 2021, mas bancos limitam ganhos

30 dez 2021, 12:24 - atualizado em 30 dez 2021, 12:24
Ibovespa
Às 11:40, o Ibovespa subia 0,68 %, a 104.813,44 pontos (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O principal índice da bolsa brasileira subia nesta quinta-feira, a última sessão do ano, enquanto a maioria das principais bolsas na Europa e nos Estados Unidos também apontava ganhos, com dados macroeconômicos e notícias sobre a variante Ômicron no radar.

A Vale era a principal contribuição positiva para o índice. Do outro lado, empresas do setor financeiro cediam, lideradas pelo Itaú Unibanco, em meio a notícias negativas relacionadas a tributos pagos pelo setor.

A liquidez vem sendo menor do que a usual nas últimas sessões, por conta do final de ano, o que traz mais volatilidade para os negócios e estica os movimentos das ações.

Às 11:40, o Ibovespa subia 0,68 %, a 104.813,44 pontos. O volume financeiro era de 4,2 bilhões de reais.

O índice buscava uma recuperação na última sessão do ano, depois de duas baixas consecutivas e de acumular performance abaixo dos pares em pregões recentes.

Cenário externo favorável dava suporte a alta do Ibovespa, ainda que com mercado monitorando o aumento de casos de Covid-19 em várias partes do mundo, diante da propagação da variante Ômicron.

O índice local chegou a acelerar ganhos junto com os ativos nos EUA, após dado de pedidos de auxílio-desemprego naquele país vir abaixo do esperado.

Além disso, corroborava com o tom positivo o superávit primário do setor público consolidado brasileiro de 15,034 bilhões de reais em novembro, segundo divulgou o Banco Central nesta manhã.

O resultado veio muito acima das expectativas de mercado de 4,775 bilhões de reais, segundo pesquisa Reuters.

O Ibovespa caminhava para fechar o mês em alta de cerca de 2,9% e o ano em queda de 12%, contra ganhos de 5,1% e 27,8%, respectivamente, do índice norte-americano S&P 500.

Destaques

Méliuz (CASH3) subia 5,3% e Locaweb (LWSA3) tinha alta de 3,2%, enquanto as varejistas VIA e Magazine Luiza (MGLU3) avançavam 3,6% e 5,9%, respectivamente.

Itaú Unibanco (ITUB4), Bradesco (BBDC4) e Santander (BSBR) recuavam 0,6% cada. Itaúsa (ITSA4), que controla o Itaú, tinha queda de 0,7%.

Papéis têm peso relevante no índice e estavam entre as principais contribuições negativas. Analistas citaram notícia sobre a possibilidade de o governo manter alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) cobrada dos bancos mais alta.

O governo estaria estudando a medida para financiar a prorrogação da desoneração de folha de pagamentos para alguns setores.

SulAmerica (SULA11) subia 3,9%, após companhia fechar acordo para aquisição de 100% do capital social da Sompo Saúde por 230 milhões de reais.

Vale (VALE3) subia 1,6% e ações de empresas siderúrgicas também avançavam, depois de futuros do minério de ferro registrarem alta nas bolsas de Cingapura e de Dalian.

A CSN (CSNA3) caía 0,3%, após aprovar pagamento de juros sobre o capital próprio de cerca de 257 milhões de reais.

Petrobras (PETR4) e ON avançavam 0,2% e 0,1%, respectivamente. Petróleo tem sessão volátil, após a China, maior importadora da commodities no mundo, reduzir primeiro lote de cotas de importações de petróleo para 2022 em 11%.

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