Ibovespa sobe com apetite a risco e Selic baixa; CSN e Rede D’Or se destacam
A bolsa paulista mostrava viés positivo nos primeiros negócios nesta quinta-feira, em meio ao cenário favorável a ativos de risco no exterior, enquanto, no Brasil, o Banco Central sinalizou que o compromisso de não subir os juros pode cair em breve.
Às 12:18 (horário de Brasília), o Ibovespa (IBOV) subia 0,79%, a 113.823,22 pontos.
O Comitê de Política Monetária (Copom) manteve na quarta-feira a Selic na mínima histórica de 2% ao ano e destacou que, em função do quadro inflacionário, as condições para seu compromisso de não elevar os juros básicos podem em breve não estar mais satisfeitas.
Apesar disso, o BC destacou que uma alta da Selic não seria um processo mecânico.
No exterior, os futuros do S&P 500 (SPX) e do Dow Jones (DJI) avançavam nesta quinta-feira apoiados nas esperanças de uma rápida distribuição da vacina contra a Covid-19. Os preços do petróleo também subiam, assim como fecharam em alta os futuros do minério de ferro na China.
Ainda o Banco Central Europeu afrouxou a política monetária mais uma vez para ajudar a economia da Zona do Euro a lidar com a segunda onda da pandemia de coronavírus, que deve levar o bloco a uma nova recessão neste trimestre.
Destaques
CSN (CSNA3) subia 4,84%, na esteira da alta dos preços do minério na China e projeção pela empresa de Ebitda de 11,2 bilhões de reais em 2020 e alavancagem financeira medida por dívida líquida/Ebitda ajustado abaixo de 2,5 vezes neste ano e abaixo de 2 vezes no final de 2021.
A companhia reúne-se com analistas e investidores nesta quinta-feira. Na máxima, a ação renovou recorde intradia a 27,68 reais. No setor, Vale (VALE3) avançava 1,39%.
Petrobras (PETR4) valorizava-se 1,52%, na esteira da alta dos preços do petróleo no exterior, com o Brent subindo 2,07%.
Itaú Unibanco (ITUB4) e Bradesco (BBDC4) avançavam 1,93% e 2,25%, respectivamente, dando continuidade à recuperação recente e assegurando o sinal positivo do Ibovespa, com Banco do Brasil (BBAS3) e Santander Brasil (SANB11) também no azul, enquanto BTG Pactual (BPAC11) cedia 1,49%.
Magazine Luiza (MGLU3) perdia 3,04%, com o setor de comércio eletrônico mais uma vez na ponta negativa, em meio a ajustes após forte ganhos desde o começo da pandemia de Covid-19. B2W (BTOW3) mostrava queda de 2,65% e Via Varejo (VVAR3) caía 2,5%.
Natura (NTCO3) perdia 3,58%, com o setor de consumo de modo geral no vermelho, após sinalização do Banco Central de que o compromisso de não subir os juros pode cair em breve.
Hering (HGTX3) recuava 3,08% e Lojas Renner (LREN3) perdia 3,05%, também entre os destaques de baixa.
A equipe da XP Investimentos retomou a cobertura de Lojas Renner com recomendação ‘neutra’ e preço-alvo 53 reais, de acordo com relatório a clientes, em que os analistas citam estar construtivos com o setor de vestuário e joias, avaliando que será um dos principais beneficiários da recuperação econômica em 2021, assim como veem espaço para consolidação.
Rede D’Or São Luiz (RDOR3), que não está no Ibovespa, disparava 9,12%, em sua estreia na B3 nesta quinta-feira, após o grupo de hospitais precificar sua oferta inicial de ações a 57,92 reais por papel, movimentando 11,39 bilhões de reais, no maior IPO de uma companhia brasileira desde 2013.
Na máxima até o momento, o papel chegou a 65,92 reais.