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Ibovespa sobe firme após IPCA abaixo do esperado e impulsionado por exterior

10 dez 2021, 11:55 - atualizado em 10 dez 2021, 11:55
Às 11:29, o Ibovespa subia 1,44%, a 107.819,01 pontos (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa subia firme nesta sexta-feira, após o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançar em novembro menos do que o esperado por economistas.

O movimento de alta ganhou mais fôlego após a divulgação de dado de inflação dos Estados Unidos praticamente em linha com as expectativas.

Às 11:29, o Ibovespa subia 1,44%, a 107.819,01 pontos. O volume financeiro era de 5,5 bilhões de reais.

O IPCA subiu 0,95% em novembro frente ao mês anterior, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ante expectativa de alta de 1,08% em pesquisa da Reuters.

O resultado veio dois dias após o Banco Central justificar uma postura mais dura em decisão de política monetária pelas pressões inflacionárias.

Com isso, ações de varejistas, que desabaram na véspera com a leitura de juros mais altos por mais tempo, ensaiam recuperação nesta sexta-feira, assim como o setor de construção, com a ressalva de que praticamente todas as ações do Ibovespa operavam no azul.

O movimento de alta do Ibovespa ganhou mais força após divulgação de dado de inflação nos EUA. O índice de preços ao consumidor naquele país subiu 0,8% em novembro, frente a estimativa de 0,7% em pesquisa Reuters.

O resultado veio dois dias após o Banco Central justificar uma postura mais dura em decisão de política monetária pelas pressões inflacionárias (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O avanço praticamente em linha com as estimativas fez os futuros de ações dos EUA acelerarem os ganhos acentuadamente

A leitura é de que o dado ameniza alguma pressão sobre o banco central norte-americano para seguir em frente com um agressivo aperto da política monetária — que afeta a liquidez global, e, portanto, as bolsas, com impacto potencialmente maior nas emergentes.

Investidores estavam na expectativa pelo índice, já que ele antecede a próxima reunião do Federal Reserve (Fed), na semana que vem, em que deve ser discutida aceleração do ritmo de retirada de estímulos pelo banco central norte-americano, diante das pressões inflacionárias. Além disso, o mercado também busca pistas sobre quando os juros podem começar a subir naquele país.

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Destaques

Méliuz (CASH3) disparava 8,4% e Locaweb (LWSA3) avançava 5,7%.

Via (VIIA3) subia 3,9%, Americanas (AMER3) avançava 2%,  Lojas Americanas (LAME4) PN tinha alta de 2,2% e Magazine Luiza (MGLU3) apontava +0,5%.

Eztec (EZTC3) subia 6,1%, MRV (MRVE3) avançava 5,1% e  Cyrela (CYRE3) tinha alta de 6%.

Dexco (DXCO3) disparava 5,6%, após conselho de administração da companhia aprovar antecipação de pagamentos de proventos aos acionistas relativos a 2021 no valor de 878,4 milhões de reais. Empresa também aprovou bonificação de 10% das ações.

B3 (B3SA3), subia 4%, após divulgar projeções para 2022 e anunciar uma recompra de ações. A empresa estima maior investimentos em novas iniciativas e negócios, em comparação à este ano, mas projeta queda nos investimentos em suas atividades principais. Além disso, anunciou na véspera uma recompra de até 250 milhões de ações em 12 meses.

Nubank (NUBR33) BDR subia 12%, na segunda sessão de negociações, após alta de 20,1% na véspera. Em Nova York, as ações do banco digital avançaram 14,8% na estreia.

Petrobras (PETR3; PETR4) subia 1,4% e ON avançava 1,6%. Petróleo caminhava para maior ganho semanal desde o final de agosto, com alívio das preocupações sobre o impacto da variante Ômicron no crescimento econômico global e na demanda por combustível.

Ambev (ABEV3), subia 1,1% e Bradesco (BBDC4) avançava 0,4% após empresas anunciarem pagamentos de dividendos.

CSN (CSNA3) caía 0,5% e era uma das poucas baixas do índice, após permanecer como umas únicas ações no azul na véspera na sequência de encontro com analistas e investidores.