Mercados

Ibovespa sobe em meio à guerra da gasolina

22 maio 2018, 18:22 - atualizado em 22 maio 2018, 20:27
O governo vai zerar a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) cobrada sobre os combustíveis

O Ibovespa encerrou a terça-feira (22) em alta de 1,13%, aos 82.738 pontos, e o dólar recuou para R$ 3,6475 após uma queda de 0,74%, com os investidores avaliando o cenário sobre a geopolítica internacional e as negociações sobre os reajustes de preços dos combustíveis no Brasil. O desempenho no Brasil acompanhou um dia mais ameno para os mercados emergentes de uma maneira geral.

“Navegando predominantemente em campo positivo, o índice chegou a superar os 83 mil pts em sua máxima, mas, devolveu parte dos ganhos a caminho do fim. O setor financeiro subiu em peso e garantiu ainda um firme avanço para o índice, que teve, na outra ponta, as blue chips ligadas às commodities em queda, à exemplo de Suzano, Vale e Petrobras”, disse o BB Investimentos.

No cenário econômico, o Copom disse hoje em sua ata da última reunião que a manutenção da taxa básica de juros – a Selic – em 6,5% foi a “melhor decisão possível”. Os integrantes do Copom avaliaram a alternativa de reduzir a Selic em 0,25 ponto percentual para reduzir o risco de a inflação ficar abaixo da meta. De acordo com o documento, alguns fatores pesaram a favor dessa alternativa, como o baixo nível de inflação e o ritmo gradual de recuperação da economia, com seu “arrefecimento recente”.

Nos EUA, os principais índices do país terminaram a sessão em queda. O Dow Jones terminou com desvalorização de 0,72%, o S&P 500 recuou 0,31% e o Nasdaq 100 retrocedeu 0,21%. Enquanto os investidores comemoravam a melhoria das relações comerciais entre os EUA e a China, as preocupações acerca da realização do encontro com o líder norte-coreano, Kim Jong Un, e Donald Trump agendado para 12 de junho.

As dificuldades no diálogo surgiram depois de testes militares realizados pela Coreia do Sul e Estados Unidos no começo deste mês e de comentários do Conselheiro de Segurança Nacional do presidente Trump, John Bolton, de que o governo americano estaria olhando para a Líbia como um possível exemplo para a Coreia do Norte.

Petrobras

As ações preferenciais da Petrobras (PETR4) caíram 1,36%, para R$ 24,71, e as ordinárias 2,3%, para R$ 28,42, após uma queda ainda mais acentuada ao longo do dia. Os investidores temiam algum tipo de intromissão do governo sobre a política de preços da estatal. A solução para a escalada dos preços dos combustíveis, que acompanha a valorização do petróleo, foi anunciada no final do dia.

Os presidentes do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciaram que o governo vai zerar a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) cobrada sobre os combustíveis. Os recursos que poderão ser obtidos com o projeto que reonera setores da economia, ainda em tramitação no Congresso, serão usados para reduzir o impacto sobre o aumento do preço do diesel. Em entrevista coletiva realizada nesta noite, o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, disse que o corte da Cide será feito apenas para o diesel e condicionado à aprovação do projeto de reoneração da folha.

Destaques

O melhor desempenho da sessão veio das ações da Rumo (RAIL3), que subiram 7,04%, sendo negociadas a R$ 14,90 no fechamento do pregão. Enquanto isso, as ações da Cyrela (CYRE3) adicionaram 6,02%, terminando o dia em R$ 13,38, e as da Localiza (RENT3), que avançaram 5,65%, no final das operações com R$ 26,54.

O pior desempenho da sessão foi das ações da Suzano (SUZB3), que caiu 6,19%, com os papéis sendo negociados a R$ 42,89 em seu fechamento. A Fibria (FIBR3) diminuiu 2,00%, para R$ 70,07.

(Com Investing.com)

Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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