Ibovespa sobe e flerta com 114 mil pontos após PEC Emergencial; bancos e Petrobras sobem
O Ibovespa (IBOV) avançava nesta quinta-feira, flertando com os 114 mil pontos, embalado pela rápida aprovação no Senado da PEC Emergencial antes de uma bateria de resultados corporativos e fala do titular do banco central dos Estados Unidos.
Às 11:46, o Ibovespa subia 2,27%, a 113.705,81 pontos. Na máxima até o momento, chegou a 114.159,72 pontos. O volume financeiro somava 10,1 bilhões de reais.
Na semana, até o momento, o Ibovespa acumula alta de mais de 3%, que, se confirmada na sexta-feira, quebrará uma série de três semanas terminando no vermelho.
Uma nova sessão foi marcada para a manhã desta quinta para a votação da proposta em segundo turno.
Na visão da Ágora Investimentos, a aprovação da PEC, abrindo espaço para a volta do auxílio emergencial e com o texto mostrando comprometimento com o teto de gastos, ajuda na melhora da percepção de risco.
Investidores também aguardam para o final do dia uma série de resultados corporativos, entre eles B3, Lojas Americanas, B2W, Natura&Co, CCR, Iguatemi e MRV.
Análise técnica da equipe do Safra destacou que, para sair da tendência de baixa no curto prazo, o Ibovespa precisa superar a resistência em 113.500 pontos.
“Acima desta, o Ibovespa poderá seguir em direção à resistência em 116.500 pontos. Do lado da baixa, devido à alta volatilidade, consideraremos o primeiro suporte em 107.300 pontos”, afirmaram em relatório a clientes.
No exterior, os preços do petróleo avançavam e Wall Street não mostrava uma direção clara, com agentes financeiros repercutindo dados econômicos e à espera de fala do chair do Federal Reserve, Jerome Powell.
Destaques
Bradesco (BBDC4) avançava 4,4% e Itaú Unibanco (ITUB4) subia 4%, em meio a melhora na percepção de risco do país, com Banco do Brasil (BBAS3) valorizando-se 3,9% e Santander Brasil (SANB11) em alta de 3,5%.
Petrobras (PETR4) subia 4%, experimentando uma trégua na pressão vendedora recente, endossada pela alta relevante dos preços do petróleo no exterior. Até a véspera, o papel acumulava queda de 4,7% apenas nesta semana.
Rumo (RAIL3) valorizava-se 4,5%, após o braço de logística do grupo Cosan, estimar volume transportado entre 72 bilhões e 76 bilhões de toneladas por quilômetro útil (TKU) e de 99 bilhões a 109 bilhões em 2025.
Irb Brasil (IRBR3) subia 5%, recuperando-se após bater na segunda-feira piso intradia desde setembro de 2020 e após homologação do acordo judicial que prevê 358 milhões de reais à resseguradora até 10 de março.
Ultrapar (UGPA3) mostrava acréscimo de 5,3%, também em sessão de ajustes, após seis pregões consecutivos de queda, tendo acumulado no período declínio de 14,8%.
Vale (VALE3) subia apenas 0,2%, após fortes ganhos no começo da semana e em sessão marcada por fraqueza de outras mineradoras no exterior. Até a véspera, a ação subia mais de 6% na semana.
Taesa (TAEE11) valorizava-se 3,7%, após lucro de 829 milhões de reais no quarto trimestre, um salto de 194,7% ano a ano, ajudada pela disparada do IGP-M, aquisições e conclusão de projetos. Também anunciou dividendo adicional.