Ibovespa sobe com Vale e Petrobras, apesar de recuo em NY com temor por China
O principal índice da bolsa brasileira avançava nesta segunda-feira, com suporte de ações de empresas exportadoras de commodities e bancos, mesmo após fracos dados de varejo e atividade industrial na China impulsionarem nos mercados temores sobre a economia do país asiático e seu potencial impacto global.
Vale, Petrobras e Bradesco eram as maiores influências para a alta, enquanto JBS e B3 caíam no lado oposto.
Às 11:41 (de Brasília), o Ibovespa subia 0,73%, a 107.702,31 pontos, o que seria a quarta alta seguida. O volume financeiro da sessão era de 6,3 bilhões de reais.
“A abertura está descolada dos pares internacionais, levada a reboque pela alta de ações correlatas às commodities”, disse Simone Pasianotto, economista-chefe da Reag Investimentos. Ainda assim o movimento mostrava cautela principalmente devido à “perda de velocidade na atividade chinesa em abril.”
Os principais índices em Nova York tinham queda leve, já tendo reduzido perdas mais intensas, diante dos sinais de fraqueza econômica da China.
Em meio a lockdowns severos em centros importantes da China devido ao avanço da Covid-19, o país viu as vendas no varejo registrarem em abril a maior queda ano a ano desde março de 2020, em resultado pior do que o esperado pelo mercado, enquanto a produção das fábricas, surpreendendo analistas, teve o maior declínio desde fevereiro de 2020. Mesmo com esses sinais, o banco central do país manteve a taxa de juros de médio prazo inalterada, como esperado.
Ao mesmo tempo, a cidade de Xangai estabeleceu planos nesta segunda-feira para o fim do lockdown, com retorno a uma vida próxima ao normal a partir de junho. As restrições já duram mais de seis semanas.
No Brasil, o Banco Central divulgou dados fiscais mais cedo, enquanto o diretor de política monetária da instituição, Bruno Serra, fala agora pela manhã.
Mercado ainda aguarda por balanços de empresas como Eletrobras, Hapvida, Magazine Luiza, IRB Brasil, Inter e Nubank.
Destaques
Vale (VALE3) subia 2,7% e CSN (CSNA3)puxava alta entre siderúrgicas com ganhos de 3,1%, após os contratos futuros do minério de ferro avançarem 3,9% em Dalian, diante de preocupações com a oferta, redução dos estoques e flexibilização de algumas restrições relacionadas à Covid-19 na China.
Petrobras (PETR3) tinha valorização de 1% e (PETR4)apontava acréscimo de 2,2%, mesmo com petróleo próximo da estabilidade. PetroRio (PRIO3) caía 0,3% e 3R Petroleum (RRRP3) crescia 2,3%.
Bradesco (BBDC4) exibia alta de 1,3% e Santander (SANB11) elevava-se 1,4%, liderando ganhos entre grandes bancos.
Cosan (CSAN3) perdia 0,3%, após anunciar queda de 38,4% no lucro líquido do primeiro trimestre ante o mesmo período do ano anterior, em função do aumento nas despesas financeiras em todos os negócios do grupo.
Cemig (CMIG4) operava 0,1% no positivo, mesmo depois de divulgar crescimento de 245% no lucro líquido entre janeiro e o fim de março, em resultado impulsionado principalmente pelo resultado financeiro.
Eneva (ENEV3) expandia 4,4%, terceira alta seguida. A companhia divulgou mais cedo os resultados de relatórios de auditoria de reservas e recursos do Campo de Azulão e da Descoberta de Anebá, na Bacia do Amazonas. A empresa havia anunciado resultado trimestral na quinta-feira.
Cyrela (CYRE3) valorizava-se 1,7%, ainda que lucro líquido da construtora tenha caído 15,9% no primeiro trimestre.
IRB Brasil (IRBR3) recuava 3,8% antes de divulgar resultados à noite, enquanto Inter (BIDI11), que também publica balanço nesta segunda-feira, subia 3,3%.
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