Ibovespa sobe com nova escalada do minério de ferro, com Vale e siderúrgicas em destaque
O Ibovespa subia mais de 1% nesta terça-feira, após cravar novo patamar mínimo do ano na véspera, com a valorização do minério de ferro impulsionando as ações da Vale e siderúrgicas, em movimento ainda respaldado por Wall Street.
Às 12:00, o Ibovespa subia 1,29 %, a 103.442,32 pontos. O volume financeiro era de 7,7 bilhões de reais.
A alta do índice faz parte de um “movimento natural de recuperação após os fortes dias de baixa”, segundo o analista técnico da Ativa Investimentos Felipe Vella.
Nos Estados Unidos, o sinal positivo prevalecia em Wall Street, com bancos subindo em meio a expectativas de um aperto monetário antecipado pelo banco central norte-americano, apesar do aumento dos rendimentos Treasuries.
No cenário doméstico, a PEC dos Precatórios segue em debate no Senado e no radar dos investidores. Nesse sentido, corroborava a alta declaração do presidente da Câmara dos Deputados sobre eventuais mudanças no texto pelo Senado.
Também repercutia nesta sessão a possibilidade de o Auxílio Brasil ser corrigido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Destaques
Vale (VALE3) subia 3,8%, enquanto Usiminas (USIM5) avançava 7% e CSN (CSNA3) tinha alta de 6,4%, após contratos futuros do minério de ferro na China chegarem a atingir limite diário de alta, com a expectativa de retomada da produção pelas siderúrgicas.
Petrobras (PETR3;PETR4), avançava 3,1%, em meio à alta dos preços de petróleo, depois que os EUA anunciaram planos de liberar até 50 milhões de barris de suas reservas. Além disso, presidente-executivo da estatal, Joaquim Silva e Luna, reafirmou em audiência com senadores que a companhia pratica preços de mercado.
Braskem (BRKM5) subia 6,3%, em meio a notícias nos últimos dias sobre a venda de participação por seus controladores, Petrobras e Novonor, antiga Odebrecht.
A Petrobras disse na véspera que mantém seu posicionamento de buscar a venda integral de sua participação na petroquímica.
Ecorodovias (ECOR3) cedia 4%, após ter recomendação cortada para ‘neutra’ por JPMorgan. CCR (CCRO3), também rebaixada pelo banco, caía 1%.
Banco Inter (BIDI11) e PN estendiam as perdas da véspera e marcavam queda de 1,5% e 1,85%, respectivamente, em nova sessão negativa para fintechs e empresas de tecnologia.
JBS (JBSS3) subia 0,9% e Marfrig (MRFG3) avançava 2%, após autoridades alfandegárias da China dizerem que aceitarão pedidos de importação de carne bovina brasileira que tenha recebido certificado sanitário antes de 4 de setembro, quando as exportações do produto do mercado brasileiro ao chinês foram suspensas.