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Ibovespa: O impacto da redução da Selic em dois momentos, segundo o Santander

23 jun 2023, 10:59 - atualizado em 23 jun 2023, 16:27
Roberto Campos Neto
Posicionamento dos investidores locais em Bolsa ainda é baixo. (Imagem: Pedro França/Agência Senado)

O Santander disse ver o Ibovespa ganhando impulso após o primeiro corte da Selic e destacou que a taxa básica de juros a menos de 10% ao ano deve implicar em uma entrada significativa de investidores de varejo em fundos de ações.

Para o banco, a recente melhora nos dados macroeconômicos e das expectativas sinalizam que as partes complexas do cenário de investimentos estão começando a se alinhar, “criando um quadro mais coerente e promissor para as ações brasileiras”.

“Podemos estar nos estágios iniciais de um ciclo altista [para a Bolsa] no Brasil, que pode durar até 18 meses”, disse em relatório assinado por Aline de Souza Cardoso.

A analista disse que os preços das ações ainda estão abaixo da média histórica de 15 anos.

“Segundo estudo no qual analisamos os nove ciclos passados de easing, o Ibovespa sobe 21% e 43%, 12 meses e 24 meses, respectivamente, após o primeiro corte de juros”, destacou Cardoso.

Ela lembrou que a aprovação da reforma tributária, que passa a ser prioridade no Congresso após o arcabouço fiscal, pode aumentar o PIB potencial brasileiro em 20% no longo prazo prazo (segundo alguns economistas).

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Posicionamento local em Bolsa segue baixo

O posicionamento dos investidores locais em Bolsa ainda é baixo, destacou o Santander. Durante o rali recente, lembrou, os locais reduziram suas posições de caixa, mas 62% deles estão com caixa em linha ou acima da média histórica, afirmou o banco.

Hedge funds fecharam recentemente suas posições vendidas, mas ainda não construíram uma exposição significativa em ações”, afirmou. Historicamente, a exposição dos fundos em ações é de aproximadamente 15%.

As saídas de fundos de ações começaram a diminuir, segundo o Santander. “As projeções de crescimento de ganhos por ação para 2024 começam a ser revisadas para cima e as revisões devem acelerar assim que o Banco Central iniciar o ciclo de flexibilização”, disse.

O Santander pontuou que vê riscos em uma venda generalizada de commodities, na proposta de implantação de impostos sobre dividendos e em uma desaceleração do PIB – caso em que o Governo Federal poderia usar bancos para retomar o crescimento por meio de empréstimos subsidiados, segundo o banco.

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
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