Ibovespa segue exterior e opera em queda; Embraer sobe 5% após acordo com Boeing
Por Investing.com – Em um cenário externo adverso, a bolsa paulista também opera no vermelho, mas com números menos acentuados em meio a importantes notícias no cenário local, como a aprovação do acordo entra a Boeing e a Embraer (EMBR3). O mercado também está na expectativa a reunião do Fomc, na quarta-feira, principalmente com a fala do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell.
Assim, o Ibovespa acumula queda de 0,36% aos 87.136,95 pontos, com volume de negócios de R$ 8,141 bilhões.
O principal destaque fica para a aliança entre Embraer e Boeing, que aprovou termos da venda do controle de sua divisão de aviação comercial para o grupo norte-americano, em uma operação em que espera obter cerca de US$ 3 bilhões como resultado.
De acordo com a companhia, o negócio foi acertado após um memorando de entendimento assinado em julho entre as empresas, que já estabelecia que a Boeing terá 80% da companhia a ser criada com a divisão de aviação comercial da Embraer. A empresa brasileira ficará com o restante e terá poder de decisão sobre “alguns” temas estratégicos, afirmou a Embraer em comunicado ao mercado.
Com a decisão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de adiar o leilão da distribuidora de energia nas Alagoas (Ceal), as ações da Eletrobras (ELET3) operam em queda.
O leilão, que estava previsto para a quarta-feira, dia 19, agora acontecerá agora no dia 28 de dezembro. Já a entrega de documentos pelos interessados na licitação, que aconteceria nesta segunda-feira, foi agendada para 27 de dezembro, entre 9 e 12 horas. A Eletrobras e o BNDES não informaram de imediato os motivos das novas datas.
Na sexta-feira, 14, especialistas não descartavam que a empresa receberia ofertas de mais de um investidor, o que não aconteceu até agora em cinco licitações de privatização de ativos da companhia no setor.
Além disso, a segunda prévia do Ibovespa para o primeiro quadrimestre de 2019 manteve a entrada das ações ordinárias da BR Distribuidora (BRDT3), de acordo com dados disponibilizados pela B3 nesta segunda-feira, que mostraram a manutenção dos demais papéis.
Se confirmada a alteração, a nova carteira teórica do Ibovespa, índice de referência do mercado acionário, passa a ter em sua composição 66 ativos de 63 empresas contra 65 ativos de 62 companhias do portfólio em vigor.
A B3 ainda divulgará uma última prévia do Ibovespa que vai vigorar de 7 de janeiro de 2019 a 3 de maio de 2019 no penúltimo pregão de vigência da carteira atual.
A Gol (GOLL4) deve rever o plano de incorporação da companhia de redes de fidelidade de clientes Smiles (SMLS3). A decisão foi tomada depois que a contestada proposta original, que previa a migração da companhia aérea para o Novo Mercado foi rejeitada por uma comissão da B3 e o governo eliminou limites para o investimento estrangeiro no setor.
Segundo a Gol, a Comissão de Listagem da Câmara Consultiva de Emissores e Estruturadores de Ofertas da B3 decidiu pela ” inadmissibilidade da migração” da companhia para o Novo Mercado, uma vez que na nova estrutura pretendida pelo grupo a Smiles ficaria sob uma sociedade anônima fechada, sem que os acionistas da empresa tenham qualquer direito político.
Maiores Altas: Embraer, Usiminas (USIM5), Gol, Smiles e Cielo (CIEL3).
Maiores Baixas: Cosan (CSAN3), Marfrig (MRFG3), Kroton (KROT3), B2W (BTOW3) e B3.
Com Reuters.