Ibovespa ensaia recuperação com balanços antes de Copom; Inter salta 6,5%
O Ibovespa avançava nesta quarta-feira, em meio à repercussão positiva de balanços corporativos, com destaque para Banco Inter, enquanto agentes financeiros aguardam decisão de política monetária no país após o fechamento do pregão.
Às 11:52, o Ibovespa subia 1,45%, a 107.966.88 pontos. O volume financeiro somava 6 bilhões de reais.
A reação vem após queda de mais de 2% na véspera, na esteira de dados fortes de inflação, que endossaram apostas de o Banco Central adotar um aumento mais potente na Selic a ser anunciada nesta quarta-feira e nas próximas decisões.
A bolsa tende a responder negativamente à perspectiva de juros mais altos no horizonte, entre outras razões, pelo efeito no custo de capital das empresas, além de potencial migração de recursos de renda variável para renda fixa.
Desde a semana passada, vários bancos vêm revisando suas projeções para esta decisão do Copom, com muitos economistas já estimando alta de 1,5 ponto percentual e enxergando uma taxa de dois dígitos no final do ciclo de alta.
“Ainda está muito difícil fazermos uma análise do Ibovespa neste momento”, afirma o BTG Pactual em comentário enviado a clientes da área de gestão de recursos do banco, destacando a extrema volatilidade em alguns ativos.
Destaques
Banco Inter (BIDI11) e Banco Inter PN subiam 6,5% cada, após reverter prejuízo e lucrar 19,2 milhões de reais no terceiro trimestre, mais do que dobrando a carteira de crédito no período.
Santander (SANB11) valorizava-se 2%, após divulgar alta de 12,5% no lucro do terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, com o ROE no melhor patamar histórico.
Eztec (EZTC3) avançava 5,85%, em sessão de recuperação do setor imobiliários, com o índice do segmento da B3 <.IMOB>, que também inclui ações de shoppings, subindo 4%.
Suzano (SUZB3) caía 2,1%, em sessão negativa para ações de papel e celulose, assim como de outras empresas relacionadas a commodities. Vale (VALE3) perdia 0,45%.
Gerdau (GGBR4) ON recuava 0,9%, revertendo os ganhos do começo do pregão, quando chegou a subir 3,67% após divulgar um salto de mais de 600% no lucro do terceiro trimestre, para 5,59 bilhões de reais.
Petrobras (PETR4) PN avançava 0,45%, apesar da queda do petróleo no exterior. O presidente Jair Bolsonaro voltou a falar que considera privatizar a empresa e que ela serve para lhe dar “dor de cabeça” e prestar serviço aos acionistas.
(Atualizada às 11:52)