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Ibovespa: “Risco Guido Mantega” faz índice cair 0,86% em apenas 10 minutos

08 nov 2022, 17:29 - atualizado em 08 nov 2022, 17:29
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“Bicho-papão”: mercado não esquece nova matriz econômica de Guido Mantega e Ibovespa chacoalha (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino) 

A mera menção de que Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda de Lula e Dilma Rousseff, fará parte da equipe de transição do novo governo fez o Ibovespa cair 0,86% em apenas 10 minutos.

Por volta das 16h19, quando seu nome foi mencionado pelo vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, o Ibovespa estava em trajetória de alta, alcançando os 116.533 pontos. Era o pico de uma subida de 0,36% iniciada dez minutos antes, quando a curva atingiu um piso nos 116.116 pontos.

Em relação aos 115.342 pontos com que o principal índice da Bolsa brasileira fechou o pregão de ontem (7), o pico dos 116.533 pontos alcançado às 16h19 representava um ganho de 1%.

Mas, bastou Alckmin afirmar que Mantega estará na equipe de transição, na entrevista coletiva em que o vice-presidente anunciou os principais nomes do grupo, para que o Ibovespa invertesse a direção e perdesse 0,86%, caindo para os 115.528 pontos, em apenas dez minutos.

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Desceu quadrado: Mantega na equipe de transição empurrou Ibovespa para baixo (Imagem: Reprodução/ B3)

Papel de Mantega não está claro ainda

Ao responder perguntas de jornalistas, Alckmin não detalhou o papel do ex-ministro, mas explicou que ele não integrará o núcleo que definirá a política econômica do futuro governo.

Esse grupo será composto pelos economistas André Lara Resende e Persio Arida, dois dos idealizadores do Plano Real, pelo ex-ministro Nelson Barbosa, considerado desenvolvimentista, e Guilherme Mello, que serviu de porta-voz de Lula junto ao mercado durante a campanha.

Mantega foi o ministro da Fazenda mais longevo do país, servindo tanto aos dois mandatos de Lula, quanto ao governo de Dilma Rousseff. No total, ele permaneceu quase nove anos no ministério.

O economista caiu em desgraça, junto ao mercado, quando dividiu com Dilma a autoria da chamada “nova matriz econômica”, vista como uma guinada desenvolvimentista, após anos de responsabilidade fiscal. A nova política privilegiava redução de impostos, intervenção no sistema elétrico para baixar as tarifas para os consumidores e controle de preços dos combustíveis.

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