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Ibovespa retoma 101 mil pontos impulsionado por expectativas em negociações EUA-China

09 out 2019, 18:03 - atualizado em 09 out 2019, 18:04
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O Ibovespa subiu 1,36%, a 101.342,06 pontos (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Após duas sessões de queda, o Ibovespa retomou o viés positivo nesta quarta-feira, recuperando o patamar de 101 mil pontos, diante da melhora da perspectiva durante o pregão para as negociações entre EUA e China, em dia também marcado pela divulgação de dados mostrando deflação ao consumidor em setembro no Brasil.

O Ibovespa subiu 1,27%, a 101.248,78 pontos. O volume financeiro da sessão somou 12,65 bilhões de reais.

Enquanto as bolsas de Brasil e Estados Unidos fechavam, porém, novas notícias voltavam a dar um tom pessimista para o andamento das conversas sino-americanas. Surpresa com a decisão do governo dos EUA de incluir companhias chinesas em lista de restrições de comércio, Pequim reduziu expectativas em relação a progresso significativo nas negociações esta semana.

Mais cedo, a notícia de que China ainda estava aberta a fechar um acordo comercial parcial com os EUA foi o que prevaleceu até o fechamento. Em Wall Street, o S&P 500 avançou 0,91%.

Autoridades de alto escalão dos dois países devem se reunir na quinta-feira para novas conversas.

A sessão também foi marcada pela divulgação da ata da última reunião do Fomc, que mostrou que a maioria das autoridades do Federal Reserve defendeu a necessidade de cortar os juros em setembro, mas estão cada vez mais divididas sobre a trajetória futura da política monetária.

No plano doméstico, repercutiu positivamente a aprovação pelos ministros do Tribunal de Contas da União das regras do leilão de áreas petrolíferas do excedente da região conhecida como cessão onerosa, previsto para 6 de novembro.

“Com isso, destrava-se o andamento da reforma da Previdência no Senado, que deve ser concluída no dia 22”, afirmou a Ativa Investimentos.

O IPCA de setembro caiu 0,04%, primeira deflação em 10 meses e o resultado mais fraco no mês em 21 anos e indo abaixo de 3% no acumulado em 12 meses, enquanto o Banco Central indica manterá trajetória de redução de juros.

Economistas do UBS revisaram a projeção para a taxa básica de juros no final de 2019 de 4,75% para 4,5% após o IPCA em setembro.

Destaques

Petrobras (PETR4) avançou 1,92%, após acordo sobre o leilão da cessão onerosa. Petrobras (PETR3) ganhou 2,52%. O Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP) apontou que a Petrobras deve receber cerca de 120 bilhões de reais por investimentos feitos em áreas de exploração de petróleo que irão a leilão neste ano, segundo o jornal O Estado de S.Paulo.

GOL (GOLL4) subiu 3,12%, após divulgar na véspera previsões de desempenho do terceiro trimestre, inclusive a de que sua margem Ebitda deve ficar entre 29% e 31%. A Gol também previu que alta de cerca de 20% da receita unitária de passageiro. A rival Azul (AZUL4) perdeu 1,39%.

Santander Brasil (SANB11) subiu 3,3%, após o banco ter estimado rentabilidade média sobre o patrimônio de cerca de 21% até 2022. Bradesco (BBDC4) ganhou 2,85%, Banco do Brasil (BBAS3) valorizou-se 2,77%, Itau Unibanco (ITUB4) avançou 1,59% e BTG Pactual (BPAC11) teve alta de 1,36%.

Magazine Luiza (MGLU3) avançou 4,34%. B2W (BTOW3) ganhou 3,82% e Via Varejo (VVAR3) perdeu 1,68%.

Vale (VALE3) subiu 0,77%. Siderúrgicas recuaram: Usiminas (USIM5) caiu 0,68% e Gerdau (GGBR4) perdeu 0,24%. CSN (CSNA3) fechou estável.

JBS (JBSS3) recuou 3,92%, após senadores dos EUA terem pedido na véspera abertura de investigação sobre compras feitas pela companhia no país devido ao envolvimento com casos de corrupção no Brasil e na Venezuela. A JBS afirmou que cooperou com as autoridades americanas.

BRF (BRFS3) cedeu 1,64%. O jornal Valor Econômico afirmou que a Arábia Saudita restringiu drasticamente a compra de alimentos de fábrica da empresa em Abu Dhabi e que a instalação passa por auditoria para atestar o valor agregado na produção local. O Itaú BBA estima um impacto inferior a 1% nas receitas consolidadas da companhia.

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