Ibovespa recupera fôlego e fecha em alta com ajuda de Vale
O Ibovespa (IBOV) fechou em alta nesta terça-feira, apoiado particularmente no avanço de mais de 3% das ações da Vale (VALE3), que ajudou a reverter perdas de parte da sessão, quando prevaleceram os receios sobre a cena fiscal brasileira.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,87%, a 123.576,56 pontos, após recuar a 120.807,02 pontos na mínima da sessão, com queda de 1,4%.
O volume financeiro no pregão somou 32,2 bilhões de reais.
Ao mesmo tempo que um valor maior do Bolsa Família traz dúvidas sobre os efeitos no teto de gastos do governo, o parcelamento de parte dos precatórios desencadeou receios sobre um calote disfarçado, o que o governo nega.
“O cenário político e questões fiscais ainda preocupam”, afirmou o analista da Aware Investments Aldo Filho.
Destaques
Vale (VALE3) avançou 3,41%, favorecida pela forte alta dos contratos futuros do minério de ferro negociados na China, após cinco sessões consecutivas de perdas, impulsionados por especulações de uma flexibilização aos cortes de produção de aço no país asiático.
Gerdau (GGBR4), que divulga balanço na quarta-feira, antes da abertura, subiu 2,67%.
Itaú Unibanco (ITUB4) recuperou o fôlego e fechou em alta de 0,98%, após divulgar um salto no lucro do segundo trimestre e definir perspectiva mais otimista para o ano.
Bradesco (BBDC4), que divulga balanço após o fechamento, valorizou-se 0,56%.
Petrobras (PETR4) subiu 1,67%, revertendo a queda em parte da sessão, com o petróleo no exterior reduzindo o declínio.
O Brent fechou em baixa de 0,66%, a 72,41 dólares o barril.
Americanas (AMER3) recuou 4,43%, ainda em ajustes pós fusão e em sessão negativa para outros papéis de comércio eletrônico, tendo de pano de fundo números da gigante chinesa Alibaba, que divulgou receita trimestral aquém do esperado com desaceleração das vendas no e-commerce.
Via Varejo (VVAR3) caiu 1,34% e Magazine Luiza (MGLU3) perdeu 0,97%.
Cielo (CIEL3) cedeu 0,58%, mesmo após lucro de 221,5 milhões de reais no segundo trimestre que reverteu prejuízo de um ano antes.
Em teleconferência sobre o balanço, a empresa de meios de pagamentos disse que espera manutenção da pressão sobre margens nos próximos trimestres.