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Ibovespa renova mínima em seis meses com risco fiscal e declínio de commodities

17 set 2021, 10:30 - atualizado em 17 set 2021, 12:19
Ibovespa
Às 12:18, o Ibovespa caía 2,00 %, a 111.515.18 pontos (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa engatava a quarta queda consecutiva, trabalhando abaixo dos 112 mil pontos, pressionado pelo cenário doméstico ainda complicado, mas também pelo ambiente externo desfavorável, principalmente a queda de commodities.

Às 12:18, o Ibovespa caía 2,00 %, a 111.515.18 pontos, mínima da sessão até o momento e menor patamar intradia desde 25 de março. Com tal performance, caminhava para a terceira perda semanal seguida, com recuo de mais de 2%.

O volume financeiro somava 9,5 bilhões de reais, com a sessão ainda marcada pelo vencimento de opções sobre ações, que costuma ter entre as séries mais líquidas papéis com peso relevante no Ibovespa.

Para a Genial Investimentos, os ativos no Brasil estão reagindo ao risco de desrespeito ao teto dos gastos, em meio à imprevisibilidade do governo, incerteza sobre o desfecho para a questão dos precatórios e qual será o custo do Auxílio Brasil.

“Enquanto a dúvida em relação ao respeito ao teto dos gastos estiver pairando sobre a economia brasileira, os investidores irão continuar a precificar um elevado risco fiscal, o que significa preços dos ativos em queda nos mercados.”

As negociações na bolsa paulista ainda têm como pano de fundo piora nas perspectivas de crescimento da economia brasileira, inflação elevada e juros maiores, bem como uma crise hídrica.

Em Wall Street, o sinal negativo também prevalecia, com ações de empresas de tecnologia entre as maiores pressões, além de receios sobre possível aumento na tributação de empresas e cautela antes de decisão do Federal Reserve na próxima semana.

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Destaque

Vale (VALE3) caía 3,1%, com o tombo dos futuros do minério de ferro na China ofuscando o anúncio de dividendo de 8,1 reais por ação pela mineradora na véspera. Além disso, o UBS cortou a recomendação da Vale para ‘venda’ com perspectiva de excedente de minério de ferro no mundo.

Gerdau (GGBR4) registrava queda de 4,9%, em mais uma sessão de perdas do setor, tendo de pano de fundo a queda de preços de matérias-primas de siderurgia, com a China avaliando incluir mais cidades sob seus controles ambientais. Usiminas (USIM5)  caía 4,7% e CSN (CSNA3) mostrava um declínio de 3,7%.

Petrobras (PETR4) recuava 3,5%, afetada pela fraqueza dos preços do petróleo no mercado externo, mas também a volta de ruídos envolvendo os preços de combustíveis.

Bradesco (BBDC4) e Itau (ITUB4) perdiam 1% e 0,9%, respectivamente, também contaminados pelas incertezas no cenário brasileiro. Para o Goldman Sachs, o aumento do IOF decretado pelo governo na véspera não deve afetar significativamente os lucros dos bancos, mas pode ter um pequeno impacto negativo sobre a demanda por serviços financeiros.

Equatorial (EQTL3) subia 0,8%, entre as poucas altas do Ibovespa nesta sessão, com os setores elétrico <.IEE) e de serviços de utilidade pública apresentando um desempenho menos negativo. Sabesp (SBSP3) avançava 0,6%.

Log-In (LOGN3), que não está no Ibovespa, valorizava-se 8,3%, ampliando os fortes ganhos da quinta-feira. Mais cedo, a empresa disse que o Alaska Investimentos, seu maior acionista, aceitou as condições da oferta, anunciada na véspera, a ser futuramente lançada pela MSC Mediterranean Shipping Company para comprar o controle da empresa.

(Atualizada às 12:15)